Paysandu coloca em prática planejamento antigo; Marcio Fernandes em semana de pressão no Remo

Papão faz este ano o que “planejou” para 2018

No final de 2017, quando confirmou permanência na Série B, o Paysandu anunciou que faria a pré-temporada de 2018 dentro do campeonato estadual. Não demorou para Marquinhos Santos ser demitido, pelos maus resultados. Tudo muito previsível naquela sequência intensa de jogos sem a devida preparação. Este ano o Papão faz, sim, uma pré-temporada dentro do Parazão, mas em condições privilegiadas, por não jogar nas primeiras fases da Copa do Brasil e pela falta da Copa Verde. Os longos intervalos de um jogo para outro dão condições ideais de treinamentos e repouso, etapa por etapa.

O Papão curte “lua de mel” com a torcida, passando a ideia de que o time está engrenando e que vai seguir atropelando. Pode ser que sim, mas, seguramente, os adversários vão evoluir. Para manter-se superior o time bicolor também terá que avançar na sua competitividade, com humildade e dedicação.

Sete dias para Márcio Fernandes dizer a que veio

A esperança da torcida azulina é que já na quinta-feira, em Santarém, diante do Tapajós, o Remo mostre em campo efeitos do trabalho de Márcio Fernandes. O tempo é curto para uma transformação, mas suficiente para alguns sinais na postura do time. E essa é a mesma esperança dos torcedores do Tapajós com Walter Lima, no mesmo prazo.

Mesmo quando venceu, neste começo de temporada, o Remo mostrou-se confuso nas ações ofensivas. Aproximar as peças e facilitar a conexão de setores devem ser preocupações de Márcio Fernandes, cujo papel prioritário é de facilitador tático. Ele não vai ter Gustavo, suspenso por cartões amarelos. Optará por outro atacante pelo lado ou por outro meia, mais próximo de Echeverría? A tendência é que mantenha o sistema 4-2-3-1. Vejamos!

BAIXINHAS

* Muito criticado nas primeiras passagens pelo Paysandu, trabalhando com Dado Cavalcanti, o preparador físico Fred Pozzebom está ganhando aplausos na Curuzu. Ele foi mantido no clube na passagem de Guilherme Alves e seguiu trabalhando com João Brigatti, agora mais discreto e dando melhores resultados.

* Márcio Fernandes nem precisará ser  muito observador para constatar que João Neto, agora coordenador de futebol, pode ajudá-lo bastante. Além de muito capaz, Netão é discreto e leal. Não foi feliz neste começo de temporada, mas isso não o descredencia.

* Ao ser procurado pelo Paysandu, João Leonardo disse “não” ao Remo depois de ter sido aprovado no “laboratório” remista para assinatura de contrato. Em seis jogos do Papão no campeonato ele ainda não entrou em campo. A esperança do centroavante é ser acionado depois que o clube confirmar a classificação antecipada à semifinal. É quando Brigatti pretende observar quem não vem jogando.

* Nada mais normal no Parazão que o Re-Pa ter o maior público a cada fase. Na primeira virada, porém, esse recorde foi do jogo Remo x Tapajós, com 17.560 pagantes. O clássico Leão x Papão teve 16.684. O terceiro maior público foi do jogo Paysandu x Bragantino, com 13.507.

* Marcão, zagueiro cedido pelo Marítimo de Portugal, é o 22º jogador recebido pelo Remo na temporada. Antes dele: Thiago, Geovane, Djalma, Thiago Felix, Ronael, Vitor Luiz, Fredson, Rafael Jansen, Robson, Welton, Vacaria, Diogo Sodré, Echeverría, Samuel, Wallacer (já foi embora), Alex Sandro, Gustavo Ramos, Henrique, David Batista, Emerson Carioca e Mário Sérgio.