CARLOS FERREIRA

Jornalista, radialista e sociólogo. Começou a carreira em Castanhal (PA), em 1981, e fluiu para Belém no rádio, impresso e televisão, sempre na área esportiva. É autor do livro "Pisando na Bola", obra de irreverências casuais do jornalismo. Ganhador do prêmio Bola de Ouro (2004) pelo destaque no jornalismo esportivo brasileiro. | ferreiraliberal@yahoo.com.br

Parazão, tal como nos anos 70

Carlos Ferreira
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De 1975 a 1977 era bem assim. Remo e Paysandu, sempre protagonistas absolutos, Tuna e Castanhal os principais coadjuvantes. As semifinais do Parazão 2021 repetem as antigas relações de forças, com a Águia contra o Leão e o Japiim contra o Papão, neste domingo.

Nem cabe discutir o favoritismo de Leão e Papão. Até que ponto os adversários ameaçam? Essa é a questão! O time tunante é valente e organizado, mas não tem peças tão decisivas quanto o Remo, que também é melhor na engrenagem tática. No outro confronto, o time castanhalense está impulsionado pelo entusiasmo, vivendo o seu melhor momento no campeonato, e oferece perigo real ao Paysandu. O Papão tem mais time, mas corre os riscos de quem ainda não estabilizou o desempenho.

 

Existe vantagem em jogar às 10 horas?

Jogar sob o calor escaldante das 10 horas não pode ser vantajoso para ninguém, muito menos para os atletas. A Tuna tem essa "cultura" dos jogos matinais e aposta que pode tirar proveito diante do Remo.

O que vai prevalecer é a posse de bola, com o controle do jogo, além do preparo físico, na resistência. Vai ser dar melhor o time mais preparado, independente de hábito ou de camisa. Mas o futebol sempre sairá perdendo ao impor aos atletas tamanho desgaste, pelo calor infernal e pela nossa alta umidade do ar, que eleva a transpiração e a perda de energia.


BAIXINHAS

* Paysandu é semifinalista com o melhor serviço defensivo do campeonato. Seis gols tomados em dez jogos, ótima média de 0,6 por jogo. Vale lembrar que o Papão só foi vazado em três dos dez jogos: Remo (2 x 4), um do Castanhal (1 x 1) e um do Carajás (2 x 1).

* Na produção ofensiva, porém, o Papão está abaixo dos outros três semifinalistas. Tem apenas 13 gols, um a menos que o Castanhal, 10 abaixo da Tuna, 9 a abaixo do Remo. A explicação está na lenta transição ofensiva.

* Castanhal e Paysandu já teriam se enfrentado na cidade modelo, este ano, não fosse uma forte chuva que impediu um jogo treino programado em sigilo. Foi logo depois da intertemporada provocada pela pandemia. Para domingo, 15h30, o grande receio é que haja chuva e o campo fique enlameado.

* Em franco crescimento de rendimento no time remista, o sergipano Anderson Uchôa é o único candidato a bicampeão paraense. Dioguinho, por sua vez, sonha com o primeiro título estadual na carreira.

* Com Lucas Tocantins e Wállace em tratamento médico, Erick Flores vai provando a utilidade da sua contratação pelo Remo. Gabriel Lima, que também chegou no meio da competição, é outra solução para Paulo Bonamigo.

* Menino Marcos, volante do Castanhal, revelação do Parazão 2020, está barrado por Cacaio, que vem optando por Lyncon, em nome de maior dinâmica para o meio de campo do Japiim. 

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Carlos Ferreira
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