CARLOS FERREIRA

Jornalista, radialista e sociólogo. Começou a carreira em Castanhal (PA), em 1981, e fluiu para Belém no rádio, impresso e televisão, sempre na área esportiva. É autor do livro "Pisando na Bola", obra de irreverências casuais do jornalismo. Ganhador do prêmio Bola de Ouro (2004) pelo destaque no jornalismo esportivo brasileiro. | ferreiraliberal@yahoo.com.br

'Paralelas se cruzam' entre Remo e Paysandu neste final de ano

Carlos Ferreira
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Ares se cruzando na dupla Re-Pa?

Perda de força dos velhos caciques e o domínio passando para novas lideranças. O Remo começa a viver a transição que rendeu um ciclo glorioso ao rival. Ao mesmo tempo, o Paysandu volta às antigas perturbações políticas, com lideranças se digladiando publicamente. Os ares estão se cruzando na dupla Re-Pa?

Os remistas são vítimas da própria ansiedade nessa reação. Todos exigem tudo para ontem, como se gestão e futebol não dependessem de processo, etapa por etapa. De positivo, a vigilância implacável do atual Conselho Deliberativo à diretoria executiva. No Papão, o Condel parece virar arena de combates. Isso é muito perigoso para um clube que está em readequação, procurando se recolocar nos trilhos.

 

Defesas aprovadíssimas no Leão e no Papão

Se fossem tão competentes ao atacar quanto foram ao se defender, Leão e Papão teriam subido folgadamente à Série B. O Remo tomou 29 gols em 39 jogos. O Paysandu 28 gols em 41 jogos. Média arredondada de ambos: 0,7 gol por jogo. Se não avançaram foi por limitações ofensivas. Os dois clubes tiveram grandes acertos nas contratações de zagueiros e volantes, mas erraram demais em meias e atacantes.

Micael no Papão e Rafael Jansen no Leão foram os primeiros a acertar para 2020. Os clubes tratam de manter as peças defensivas para a próxima temporada e devem repetir pelo menos metade dos seus elencos. Ótima base, se consideramos que de 2018 para 2019 o Paysandu repetiu somente Perema e o Remo somente Vinícius, Mimica e Dedeco.

 

BAIXINHAS

* Na produção ofensiva, Leão e Papão fizeram 48 gols, cada, nesta temporada. O time azulino em 39 e o bicolor em 41 jogos. A média, na faixa de 1,2 por jogo, foi abaixo das expectativas e do necessário.

* Vendo o paraense Ganso no Fluminense, sempre muito criticado pela baixa dinâmica, faço um paralelo com o azulino Zotti. Ambos impressionam com o fino trato à bola, mas ficam devendo na combatividade. A vantagem de Zotti é que no nosso futebol os atletas correm mais que a bola e ele se diferencia com os passes médios e longos.

* Recomeço do Papão tem reavaliação física, trabalhos de força, seguidos de ênfase em resistência e velocidade. Ao mesmo tempo, a busca de ritmo de jogo em amistosos. Bicolores vão precisar ter muito foco e determinação para chegar à decisão em condições similares ao adversário, Goiás ou Cuiabá, que se enfrentam amanhã.

* Seu Clube Sua Energia, no convênio de Paysandu e Remo com a Celpa, voltando na era digital. Mais facilidade para adesão e mais capacidade nos clubes para a gestão da parceria.

* Bragantino chama atenção para o sucesso dos seus atletas na primeira rodada da Segundinha. Fizeram gols: Lukinha (Tuna), Mauro Praia (Izabelense), Leandro Cearense e Marcelo Maciel (Cametá), Percel (Belém) Romário (Parauapebas), Kaike (Itupiranga). O meia Lukinha veste a camisa cruzmaltina já contratado pelo Remo para 2020.

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Carlos Ferreira
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