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CARLOS FERREIRA

Jornalista, radialista e sociólogo. Começou a carreira em Castanhal (PA), em 1981, e fluiu para Belém no rádio, impresso e televisão, sempre na área esportiva. É autor do livro "Pisando na Bola", obra de irreverências casuais do jornalismo. Ganhador do prêmio Bola de Ouro (2004) pelo destaque no jornalismo esportivo brasileiro. | ferreiraliberal@yahoo.com.br

Os méritos de Remo e Paysandu na Série C dentro e fora de campo

Carlos Ferreira
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Méritos da dupla Re-Pa que não podemos ignorar

Paysandu 53% e Remo 51% de aproveitamento. Um praticamente classificado e o outro com largas chances. Assim mesmo, só ouço queixas pelo fato de ainda haver risco. Lembro que no anúncio da inclusão de Papão e Leão no Grupo Sul/Sudeste sobraram lamentações pelo maior grau de dificuldade. A dupla Re-Pa respondeu bem e chega à última rodada da fase com a certeza de um clássico emocionante, com casa cheia, e tudo para uma festa completa das duas torcidas. O que mais queremos? Vitória do Juventude sobre o Ypiranga já seria bastante para as classificações dos dois rivais paraenses, independente de qualquer outro resultado, inclusive o do Re-Pa.

É natural que queiramos sempre mais, mas isso não pode nos impedir de reconhecer méritos. Cenário perfeito só com o acesso dos dois à Série B. E o cenário atual nos dá essa esperança.

 

Torcida azulina é a 16ª e a bicolor 20ª do país

O globoesporte.com organiza o ranking de público no futebol brasileiro, envolvendo todas as competições oficiais, regionais e nacionais. O Remo, com média de 14.600 pagantes por jogo ocupa o 16° lugar. O Paysandu, com 8.983 é o 20°. Essas posições não são tão diferentes do que Leão e Papão tiveram em rankings anteriores.

Claro que a dupla Re-Pa tem sido mais forte nas arquibancadas que no gramado. Mas também é inegável que os dois clubes vêm tendo alguns avanços organizacionais, e isso é alentador.

 

BAIXINHAS

* O grande apelo desse Re-Pa, com ingressos a 50 e 80 reais e a perspetiva de 35 mil pessoas no estádio, nos faz acreditar numa renda acima de R$ 1,2 milhão, já considerando as cotas de ingressos gratuitos, de meia entrada e de sócios torcedores. Cada clube deve lucrar mais de R$ 450 mil. E no "mata mata" a tendência é lucro de R$ 1 milhão.

* Dinheiro para os clubes, trabalhos para as polícias Militar e Civil, Bombeiros, Semob, MP, Juizado do Torcedor... Nesse desafio, as instituições de segurança traçam hoje o planejamento para o evento com o Paysandu, que é o clube mandante.

* O clássico vai estabelecer novo recorde de público no campeonato, que está nos 25.872 torcedores do jogo Remo x São José. O segundo foi o do Re-Pa, com 23.860. A dupla Re-Pa é responsável por mais de um terço de todo o público da Série C.

* Técnico Marquinhos Santos, ex-Paysandu, está impedido de dirigir o Juventude à beira do campo, domingo, contra o Ypiranga. Ele vai cumprir suspensão por cartões amarelos. Pelo mesmo motivo, são desfalques o meia Renato Cajá e o atacante Dalberto.

* Se Paysandu e São José são os times que menos perderam nesta Série C, o Remo e o Juventude aparecem em seguida com apenas três derrotas. Ou seja, Papão e Leão, igualmente, só perderam dois jogos interestaduais, cada. Afinal, a outra derrota remista foi no Re-Pa (1 x 0).

* Pífia atuação diante do Nacional, terça-feira, reforçou as reprovações ao meia-atacante Diego Rosa, bom jogador que não consegue acertar no Paysandu. Uma das grandes deceções da temporada.

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Carlos Ferreira
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