CARLOS FERREIRA

Jornalista, radialista e sociólogo. Começou a carreira em Castanhal (PA), em 1981, e fluiu para Belém no rádio, impresso e televisão, sempre na área esportiva. É autor do livro "Pisando na Bola", obra de irreverências casuais do jornalismo. Ganhador do prêmio Bola de Ouro (2004) pelo destaque no jornalismo esportivo brasileiro. | ferreiraliberal@yahoo.com.br

Mundo sem futebol é mundo "insosso"

Carlos Ferreira

O novo coronavírus veio para o planeta respirar com a baixa da poluição, para as famílias conviverem mais no isolamento, para a devida atenção aos idosos, para mais atenção à higiene pessoal, para reavaliação do consumo, para mais empatia e solidariedade, para testar os apaixonados por futebol num jejum implacável.

 Falando por mim, vejo a humanidade quebrando paradigmas e fazendo descobertas óbvias, tal como vejo o mundo "insosso" sem futebol. Somos resilientes por natureza. Nossa capacidade de adaptação vai além do que podemos imaginar. Então, que nos adaptemos à saudade, até que a deusa bola volte a rolar.

 

Nostalgia, um atenuante à saudade 

TVs e Rádios apelam para o resgate de glórias para atenuar a saudade dos torcedores nesse clima de nostalgia. Entre as tantas lições que essa crise está deixando, uma é que há produtos na memória do futebol. Os clubes, que sempre foram míopes no olhar comercial para o passado, podem (ou devem) passar a olhar com outros olhos para suas glórias e seus ídolos.    

Hoje, o motor do futebol é a saudade. E amanhã, quando a bola voltar a rolar? Esse recesso forçado está produzindo grandes ensinamentos pessoais e profissionais para todos, em todos os setores de atividade. É hora de refletir para assimilar! Não podemos sair os mesmos dessa guerra ao coronavírus. Temos muito o que aprender nesse sofrimento, principalmente a fazer dos limões limonada.

 

BAIXINHAS 

* De todas as propostas até agora para o Parazão 2020, a mais exequível é a do Remo: retomada e conclusão em dezembro, cumprindo-se o regulamento. Assim, a aplicação não depende de unanimidade entre os clubes, que também teriam seus principais interesses financeiros preservados. 

* Inscrições de atletas no Parazão 2020 ainda não se fecharam. O regulamento diz que o fechamento ocorre no último dia útil anterior à última rodada da fase classificatória. O único ajuste poderia ser na quantidade de inscrições, se houver necessidade. 

* Departamento de Comunicação do Paysandu está se dedicando ao levantamento e organização das estatísticas do futebol bicolor, começando por gols especiais, como os de faltas, de voleio, de bicicleta, nos últimos minutos, olímpicos... Trabalho muito oportuno!

* Dos dez titulos estaduais da Tuna, os dois últimos tiveram uma similaridade. Em 1983, o Remo chegou a fazer festa de campeão, mas a Tuna acusou ilegalidade do atleta azulino Ruy Curuçá. O Leão teve que voltar a campo e a Tuna acabou levando o título.

* Em 1988, o Paysandu deu volta olímpica com o troféu de campeão. A Tuna acionou os seus advogados, contestando a interpretação do  regulamento, e ganhou a batalha, que foi decidida no Conselho Arbitral. Ou seja, pelos próprios dirigentes. 

* O Papão se recusou a voltar a campo num quadrangular com Tuna, Remo e Sport Belém. Os três times fizeram a decisão e a Tuna foi campeã. Desde então está em jejum de títulos estaduais e, atualmente, na segunda divisão.

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Carlos Ferreira
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