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CARLOS FERREIRA

Jornalista, radialista e sociólogo. Começou a carreira em Castanhal (PA), em 1981, e fluiu para Belém no rádio, impresso e televisão, sempre na área esportiva. É autor do livro "Pisando na Bola", obra de irreverências casuais do jornalismo. Ganhador do prêmio Bola de Ouro (2004) pelo destaque no jornalismo esportivo brasileiro. | ferreiraliberal@yahoo.com.br

Manda quem pode, obedece quem fica no prejuízo

Carlos Ferreira

O calendário do futebol para 2020 passa uma clara mensagem: manda quem pode, obedece quem fica no prejuízo. Afinal, por que todas as competições oficiais têm que parar nas datas Fifa, até mesmo para amistosos da Seleção. A resposta está na garantia de exclusividade, por mais audiência na TV e maior faturamento para a Fifa e Federações ou Confederações nacionais. Danem-se os que são obrigados a obedecer, como está sendo o caso do Paysandu na longa espera pela decisão da Copa Verde, em decisão arbitrária da CBF.

O futebol é um tesouro para quem tem o poder de decidir sobre os grandes eventos. Por isso, interesses econômicos atropelam a coerência e os princípios de justiça, como em qualquer relação capitalista. O calendário 2020 do futebol é a tradução dessa verdade.

 

Uma compensação no calendário

Este ano, o Remo jogou de até 25 de agosto e o Paysandu até 08 de setembro na Série C, que começou dia 27 de abril e terminou no último domingo com o Náutico campeão. Em 2020 acompetição vai ter duração de seis meses, de de 3 de maio a 8 de novembro. O formato do campeonato será o mesmo, com dois grupos de dez clubes na fase classificatória, quatro classificados em cada, e o "mata mata" do acesso logo na segunda fase.

A Série D durava apenas três meses e os times eliminados na primeira fase faziam apenas seis jogos. A partir de 2020, esse limite mínimo passa para 14 jogos e a competição vai durar seis meses e meio, de 3 de maio a 22 de novembro. Isso é o que espera por Bragantino e Independente.

 

BAIXINHAS

* Dos 74 jogadores contratados pelo Remo (42) e Paysandu (32), quatro nem chegaram a estrear. O lateral Vitor Luiz e o atacante Cleber Tiarinha no Leão, o goleiro Douglas Silva e o atacante João Leonardo no Papão. Desses,  Douglas Silva foi dispensado, readmitido e definitivamente liberado.

* Lukinha, 22 anos, revelação do Bragantino e primeira contratação do Remo para 2020, é fruto do Paysandu e teve passagem pelo Grêmio de Porto Alegre nas categorias de base. Fez 30 jogos e três gols pelo Tubarão. Antes de vestir azul marinho, vai defender a Tuna na Segundinha.

* Para o Papão, conquistar a Copa Verde é uma garantia de acesso à Copa do Brasil. Afinal, por enquanto o clube está por conta do ranking da CBF. A tendência é que seja contemplado pelo ranking, o que só seria confirmado (ou não) em dezembro.

* Nos últimos anos, o Flamengo lançou os técnicos Maurício Barbieri e Zé Ricardo. O Atlético Mineiro lançou Thiago Larghi e Rodrigo Santana. O Botafogo lançou Jair Ventura. Outros recem-lançados: Odair Helmman (Internacional), Alberto Valentim (Palmeiras), Fábio Carille e Osmar Loss (Corinthians), Thiago Nunes (Athletico Paranaense), André Jardine (São Paulo)... Se o Remo lançasse qualquer um deles, seria tão reprovado quanto foi ao lançar Eudes Pedro, sem se discutir a capacidade. Ou não seria?

* A coluna faz esse resgate apenas para propor uma reflexão. Não se trata de uma defesa para o técnico remista, que está na “corda bamba”. Fazer julgamentos resumidos ao currículo não é uma forma de preconceito? Não podemos ignorar o “rosário” de fracassos de Leão e Papão com técnicos rodados. Isso tudo é bem relativo.

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Carlos Ferreira
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