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CARLOS FERREIRA

Jornalista, radialista e sociólogo. Começou a carreira em Castanhal (PA), em 1981, e fluiu para Belém no rádio, impresso e televisão, sempre na área esportiva. É autor do livro "Pisando na Bola", obra de irreverências casuais do jornalismo. Ganhador do prêmio Bola de Ouro (2004) pelo destaque no jornalismo esportivo brasileiro. | ferreiraliberal@yahoo.com.br

Há 100 anos, um jogador assinou a compra da Curuzu para o Paysandu

CARLOS FERREIRA
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Inaugurado em 14 de junho de 1914, com o primeiro Re-Pa da história (Remo 2 x 1 Paysandu), o estádio da Curuzu só foi comprado da empresa Ferreira & Comandita seis anos depois. Negócio fechado no dia 5 de junho de 1920, por 15 contos de réis, e documentação registrada no dia 19, como propriedade do Paysandu. Completa-se um século!

Mimi Sodré era jogador e presidente do Papão na época. Foi dele a honra de assinar a escritura. Benjamin de Almeida Sodré, cearense, que morreu em 1982, aos 89 anos, no Rio de Janeiro, veio para Belém como militar da Marinha e jogou no Papão de 1918 a 1920, depois de ter brilhando no Botafogo e na Seleção Brasileira. Um herói cuja memória precisa ser reverenciada pelo Paysandu.

Fontes: Gigantes do Futebol Paraense, livro de Ferreira da Costa, e testemunho de Antônio Couceiro, também memorialista do Paysandu.

 

Duplo aniversário, sem celebração dos clubes

Há um mês a coluna vem chamando atenção para a data do próximo domingo, pelo aniversário do clássico Re-Pa e do estádio da Curuzu, que há 100 anos tornou-se patrimônio do Paysandu. Este colunista chegou a fazer proposições aos clubes, que aprovaram, mas ainda não agiram. 

Este período sem futebol seria um motivo a mais para celebrações, como forma de tocar o sentimento dos torcedores. Nós, porém, estamos fazendo o nosso papel jornalístico com o devido destaque para os fatos e os nomes históricos. 

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BAIXINHAS 

* Atletas que conseguem o curso superior, conciliando a faculdade com o futebol, são exemplos fundamentais para crianças e adolescentes que sonham em ser jogadores profissionais. Os irmãos Aderson e Mego, que jogaram juntos no Remo dos anos 70, seguem trabalhando juntos, agora como médicos. São ortilopedistas e traumatologistas. 

* Outros ex-jogadores, também exemplos pela formação superior: Luis Carlos do Boné (sociólogo), Mesquita (engenheiro  agrônomo), Bebeto (farmacêutico), Edmilson (engenheiro em mecânica), Paulo Eduardo (advogado), Sinomar Naves e Bracalli (educadores fisicos).

* Lecheva foi além. Formou-se em Educação Física e Administração. O goleiro bicolor Sady (1999) e o atacante remista Marciano (2010) já chegaram a Belém advogados. Este ano o goleiro bicolor Gabriel Leite chegou formado em administração de empresas, por ensino à distância. 

* O curso superior é a maior glória que qualquer profissional pode conquistar. É a garantia de uma profissão pós-futebol. Mas são raros os jovens dispostos a esse esforço, sobretudo os que mais sonham com a independência financeira conquistada em campo. Por isso, todos os aplausos para os bons exemplos. 

* O distanciamento da escola e consequente perda de desenvolvimento cognitivo limita os jogadores em campo, nas funções táticas. A incapacidade de assimilar funções tem fechado portas seguidamente para atletas regionais até mesmo no Remo e no Paysandu. Há casos presentes e outros muito recentes.

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Carlos Ferreira
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