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CARLOS FERREIRA

Jornalista, radialista e sociólogo. Começou a carreira em Castanhal (PA), em 1981, e fluiu para Belém no rádio, impresso e televisão, sempre na área esportiva. É autor do livro "Pisando na Bola", obra de irreverências casuais do jornalismo. Ganhador do prêmio Bola de Ouro (2004) pelo destaque no jornalismo esportivo brasileiro. | ferreiraliberal@yahoo.com.br

Em tempo de Covid, Leão e Papão se destacam na prevenção

Carlos Ferreira

Cerca de 200 profissionais do futebol infectados e oito jogos adiados nas quatro séries do Campeonato Brasileiro. Remo e Paysandu, porém, não aparecem nessas estatísticas. Houve registro de alguns casos no recomeço do Parazão, como Nicolas do Paysandu, que até virou polêmica por ter sido flagrado sem máscara em Salinas, em plena quarentena. Na Série C os dois clubes seguem ilesos em plena pandemia.

Em matéria de protocolo, Leão e Papão funcionam de forma exemplar desde a retomada dos treinos, em julho. Esses clubes, tão criticados por defasagem de estrutura e de mentalidade, merecem aplausos pela responsabilidade e competência com que enfrentam o coronavírus. Viraram boas referências nesse enfrentamento. Quem diria...!

Maiores avanços estão na área de saúde

O Paysandu deu um salto quando montou na Curuzu a sua estrutura de serviços médicos e fisiológicos, que batizou de Núcleo de Saúde, com moderna e completa academia de musculação. O Remo só deu esse salto no ano passado, ao inaugurar o Núcleo Azulino de Assistência e Performance do Futebol (NASF), complexo completo para desenvolvimento físico e tratamento médico dos atletas.

O reflexo dessa atenção à saúde está no sucesso da dupla Re-Pa em matéria de prevenção à Covid 19.

BAIXINHAS

* Com lesão muscular e estimativa de três semanas para voltar a jogar, Eduardo Ramos voltou em duas semanas, contra o Botafogo/PB. Nicolas teve lesão detectada dias após a decisão estadual, e não parou de jogar. Essas são provas recentes da eficiência dos médicos, enfermeiros e fisioterapeutas, como também dos equipamentos do Leão e Papão.

* A ativação de academia de musculação, na Curuzu há seis anos e no Baenão ano passado, encerrou uma defasagem absurda de estrutura dos dois clubes. Antes, o serviço de musculação dependia de ônibus e academia cedidos ou alugados.

* A defasagem ainda é grande, sobretudo pela falta de CT, onde os clubes deveriam ter tudo para os treinos, para concentração, repouso, privacidade e lazer. O Papão está construindo o seu Centro de Treinamentos. O Leão ainda está só na vontade.

* Parceria com investidores poderia acelerar a estruturação do futebol, especialmente nas categorias de base. Mas os dois clubes resistem à ideia de terem sócios no setor. A Tuna está abrindo as portas para investidores portugueses, com projeto de um completo com estádio e centro de treinamentos na sua área atual, no Souza.

* Embora Matheus Costa e Paulo Bonamigo centralizem as atenções, eles não são as únicas novidades nas comissões técnicas bicolor e azulina. No Papão o preparador físico Rodolfo Melh. No Leão o preparador físico Renan Bonamigo, o auxiliar técnico Edson Filho e o analista de desempenho Ivo Ricardo de Sá.

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Carlos Ferreira
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