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CARLOS FERREIRA

Jornalista, radialista e sociólogo. Começou a carreira em Castanhal (PA), em 1981, e fluiu para Belém no rádio, impresso e televisão, sempre na área esportiva. É autor do livro "Pisando na Bola", obra de irreverências casuais do jornalismo. Ganhador do prêmio Bola de Ouro (2004) pelo destaque no jornalismo esportivo brasileiro. | ferreiraliberal@yahoo.com.br

Covid-19: azar dos presidentes, sorte dos clubes

Carlos Ferreira

São inegáveis a responsabilidade nas finanças  e a organização administrativa tanto no Remo, de Fábio Bentes, como no Paysandu, de Ricardo Gluck Paul. No futebol, porém, as duas gestões ainda são margem para muitas críticas. Azar dos dois presidentes que a bomba da Covid-19 estourou nas mãos deles. Mas para os clubes foi bem melhor assim. Consequências trágicas haveria em outros tempos, quando os dois clubes eram geridos como se fossem botecos. 

Leão, Papão e demais clubes de estrutura semelhante estão em economia de guerra, "pisando em brasa", num esforço extremo de imaginação e atitudes para minimizar os danos.

 

O que estão fazendo? 

Com todo direito, o presidente azulino Fábio Bentes tem dado vazão às notícias dos seus atos na redução de custos e otimização de receitas. Um trabalho admirável nesta crise! O bicolor Ricardo Gluck Paul se mantém discreto sobre suas providências. Por isso mesmo, a coluna o questionou. 

Gluck Paul disse que, nessa emergência, já promoveu uma redução de mais de R$ 120 mil nas contas do clube. Está em negociações com atletas, comissão técnica e funcionários por outras reduções, e viabilizando novas receitas. Lembrou que já vem nesse esforço desde o início da gestão, a ponto que ter reduzido o quadro de funcionários em dois terços. Atualmente o Papão tem 65 funcionários. Ainda assim, o clube continua muito caro para a sua realidade financeira, exigindo novas operações de enxugamento.

 

BAIXINHAS 

* As atenções estão concentradas no destino do Parazão 2020, a ser discutido novamente amanhã em videoconferência dos clubes e FPF, mas a Série C também está em situação pendente. Não se sabe quando vai começar e já não há certeza de que o novo formato vai vingar.

* A CBF acatou proposição dos clubes para decisão do acesso (à Série B) em dois quadrangulares, em vez de quatro "mata-matas". Com o aperto no calendário e nas finanças, é possível que a Série C volte ao formato antigo ou até mude para uma terceira via. 

* De Copa Verde nem se fala. No início da pandemia, Remo e Paysandu manifestaram descrença quanto à realização da CV nesta temporada. Se for essa a decisão da CBF, o Cuiabá, atual campeão, poderá usufruir de dois, e não apenas um acesso às oitavas da Copa do Brasil, com os R$ 2,5 milhões em cada. 

* Liminar concedida hoje e cassada amanhã, tempo passando e o lateral Roni pagando o preço da sua batalha jurídica com o Remo por rescisão na Justiça. Como o processo se arrasta, Roni deve seguir impedido de jogar por outro clube mesmo depois da pandemia, até porque os serviços do Judiciário estão bem mais lentos. 

* Roni entrou nessa briga ao receber R$ 10 mil da empresa do xará dele, o Rony atacante, também fruto do Leão, agora no Palmeiras. De fato, o Remo devia salários ao atleta, mas fez o pagamento na conta da Justiça antes de ser notificado. Por isso, está mantendo o vínculo.

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Carlos Ferreira
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