Clubes do interior alcançaram finais e ganharam reforços nos cofres; entenda

Desde 2008, interior esteve em 8 de 11 decisões do Parazão

A única certeza para as semifinais é que teremos dois confrontos da capital com o interior. O Papão contra Independente ou Paragominas e o Leão contra Águia ou Bragantino ou Castanhal. Claro que Paysandu e Remo serão favoritos contra quaisquer adversários, mas o favoritismo é muito relativo. Lembremos de 2018, quando a dupla Re-Pa teve semana dramática. Derrotados nos jogos de ida, por São Raimundo e Bragantino, Leão e Papão deram a virada em Belém.

No histórico das últimas onze decisões, o interior esteve em oito. Foi vice com o Águia em 2008 e 2010, com o São Raimundo em 2009, com o Paragominas em 2013, com o Independente em 2015, com o São Francisco em 2016, e campeão com o Independente em 2011 e com o Cametá em 2012.Essas observações dão uma leitura oportuna da relação de forças entre capital e interior no Parazão.

Reflexos do cofre para o campo

O interior foi mais poderoso enquanto seus clubes tinham saúde financeira. Nos últimos anos, vêm ocorrendo “greves” por atraso de salário, em consequência de bloqueios de renda pela Justiça do Trabalho. Isso coincide com alguns avanços administrativos no Remo e claros avanços no Paysandu. Não por acaso, os dois rivais da capital vêm reafirmando a soberania. Decidiram os títulos de 2014, 2017 e 2018, e andam bem no atual campeonato.

Hoje, Paragominas e Independente jogam pressionados pela absoluta necessidade de classificação por motivos financeiros. O Castanhal também, mas bem menos. O Bragantino joga com relativa tranqüilidade por ser o interiorano em melhores condições financeiras no momento.    

BAIXINHAS

* A fase de bonança dos clubes interioranos, de 2008 a 2013, causou empolgação e excesso nos gastos. Enquanto exaltávamos a gestão dessas novas forças, as dívidas se acumulavam. Hoje, o Paragominas, por exemplo, joga disposto a tudo pela vitória sobre o Remo. Afinal, a classificação é a possibilidade de os atletas receberem os atrasados.

* Yuri tem 34 jogos e três gols pelo Remo. É um jogador plenamente identificado com o Leão Azul e será muito útil do esquema do técnico Márcio Fernandes. O garoto Pingo, recém-promovido da base, oferece maior dinâmica de jogo e também é uma novidade interessante para o jogo de hoje, contra o Paragominas.

* Pouco mais de 450 quilômetros, seis horas de viagem, separam Conceição do Araguaia, cidade natal do zagueiro bicolor Vitor Oliveira, de Marabá, onde ele joga hoje pelo Paysandu contra o Águia. Oportunidade para os familiares o assistirem de perto. Vitor Oliveira está no Papão emprestado pelo Tombense/MG até o final da temporada.

* Vinícius 33 anos, Rafael Jensen 30, Ramires 32, Yuri 29, Douglas Packer 30, David Batista 29 e agora Edno, que em maio vai completar 36 anos. Decididamente, caiu o tal limite de 28 anos de idade apregoado pelo executivo Luciano Mancha para as contratações do Remo. 

* Basquete máster em mais um torneio Cidade de Belém, de 10 de março a 14 de abril. Justas homenagens na denominação dos times: Guto Age, Artur Castro, João Soares, Joaquim Padeiro, Manoel Costa. Augusto Souza, Neide Reis, Fátima, Socorro, Lauany. Jogos sempre nas manhãs de domingo, no ginásio do Paysandu.