ANÁLISE: o que Remo e Paysandu ganharam de vantagem na pandemia para o Parazão

Leão bem armado para bola parada e jogo aéreo

Para cobranças de falta, Eduardo Ramos, Douglas Packer, Charles, Gilberto Alemão e, em breve, também Marlon, especialistas conforme a posição ou a distância. No jogo aéreo, ofensivo ou defensivo, especialistas como Gilberto Alemão, Fredson, Lucas Siqueira e Zé Carlos, além dos secundários Mimica e Charles. O Leão parece bem armado para duas situações cada dia mais decisivas no futebol. 

Outra característica fundamental que o Remo de Mazola está ganhando é a maturidade emocional, com jogadores "cascudos" em todos os setores. São lideranças de larga influência na identidade psicológica da equipe. Resta saber o que Mazola vai conseguir em consistência tática, sem o que nada seria bastante. 

Consistência já é realidade no Papão 

Com modelo de jogo definido e a integralidade do time mantida, a consistência tática já é realidade no Paysandu, mesmo não devendo voltar em alta intensidade. Esse recomeço vai exigir dosagem no esforço físico, até que, gradativamente, os atletas atinjam a plenitude física. 

O fato de não ter perdido nenhum atleta nesse meio de temporada, e acrescentado as novas peças pedidas por Hélio dos Anjos, em tese, coloca o Papão em vantagem sobre a concorrência. Em tese mesmo! Porque a vantagem não prevalece por si própria. O time terá que fazê-la prevalecer com esmero e bravura, na típica competitividade regional que veremos na retomada do Papão. A consistência tática e peças acima da média, como Nicolas e Vinícius Leite, tendem a ser os diferenciais.

BAIXINHAS 

* Tal como a coluna vinha antecipando, Mazola Júnior treina o Remo com três volantes. O time dos primeiros treinos vem sendo Vinícius; Everton Silva, Mimica, Neguete, Dudu Mandai; Charles, Gelson, Júlio Rusch, Eduardo Ramos; Gustavo Ermel e Zé Carlos.  

* Santa Cruz, primeiro adversário do Paysandu na Série C, tem dois ex-bicolores no time. O zagueiro William Alves, que fez 16 jogos pelo Papão em 2015, e o volante de Paulinho, que fez seis jogos com a camisa bicolor em 2016. No time bicolor, o meia Luiz Felipe é ex-Santa Cruz.

* Deivid Souza e Luiz Felipe são dois jogadores que estavam em franca ascensão no Paysandu antes da pandemia. Tanto que foram titulares na última partida, contra o Castanhal. Para eles, os quatro meses e meio de quarentena podem ter sido muito desfavoráveis. 

* No Remo, jogadores que vinham rendendo bem abaixo do potencial dão expectativa de reação. Casos de Charles e Douglas Packer. A pandemia pode ter ajudado no recomeço particular de Carlos Alberto, que este mês completou um ano sem jogar. 

* Citado em quase todas as especulações de dispensas no Remo, o atacante Giovane Gomez foi mantido por Mazola Júnior no elenco remista. É um atleta jovem, de muita força e que ainda não rendeu o que é capaz. Uma aposta válida, inclusive porque o Leão tornou-se dono de parte dos direitos econômicos.