A reengenharia de gestão do Remo e a reforma em campo do Paysandu

Remo em novo processo de reengenharia

Em 1995 o Remo fez estardalhaço com o seu Encontro de Reengenharia. A fofoca pelo fato de o técnico Hélio dos Anjos ter sido palestrante rendeu mais que as mensagens. Deu em nada! 24 anos depois, nova investida por reengenharia na gestão do clube, agora num plano de recuperação econômico-financeira, confiado aos advogados Clóvis Malcher Filho, André Meira, Renan Malcher e ao perito contábil Marcos Haber. Essa equipe é especialista em recuperação de empresas e resolveu fazer um trabalho voluntário no Remo, inspirado no projeto que alavancou o Flamengo.

O primeiro passo é o levantamento de ativos e passivos  do clube. A partir disso, a implementação de medidas para redução de custos e potencialização das fontes de renda. E o desafio inicial é dar credibilidade ao trabalho, depois de tantos projetos fantasiosos do Leão nas últimas décadas. A equipe já tratou preliminarmente com o presidente Fábio Bentes e hoje à noite terá a primeira reunião com a diretoria azulina.

Duas semanas, tempo providencial para o Papão

Depois do jogo de domingo, contra o Bragantino, o Paysandu terá duas semanas de espera pelo jogo seguinte, dia 10 de fevereiro, contra o Castanhal. Tempo providencial para treinamentos, com muito a ser feito pelo ajuste do time bicolor.  O  Japiim também terá esse tempo.

Para um grupo heterogêneo no mais diversos aspectos, que ainda está se conhecendo e que entrou na disputa do campeonato com apenas três semanas de pré-temporada, o intervalo do segundo para o terceiro jogo vai permitir algumas compensações na preparação física e no aprimoramento técnico-tático. Por esse ponto de vista, para o Paysandu os atropelos na tabela são males que vieram para o bem.

BAIXINHAS

* Remo vai estrear numeração fixa em Santarém. Time provável: 1 – Vinícius; 80 – Djalma, 13 – Mimica, 4 – Rafael Jansen; 6 – Ronael; 5 – Robson, 89 – Dedeco, 8 – Diogo Sodré, 17 – Echeverria, 25 – Henrique; 11 – Alex Sandro.  Esse foi o time no coletivo de ontem. Por ainda não estar legalizado, o atacante David Batista é desfalque.

* Traffic, que responde pela carreira do volante William, está na investida do CRB para contratar o atleta do Paysandu. O grande apelo do clube alagoano é a vitrine da Série B, a mesma que o Papão perdeu no ano passado.  O clube paraense exige dinheiro pelo empréstimo. Pela informação que chega de Maceió, pode haver uma composição envolvendo o que o atleta tem a receber de direitos de imagem. Consultado, o Paysandu ainda não se pronunciou.

* Legalização de Thiago Primão é a única pendência burocrática no elenco do Paysandu.  Marcos Antônio, que também era transferência internacional, apareceu ontem no BID. Porém, o atleta está fora de forma e só deve ficar pronto para o Re-Pa. O técnico João Brigatti se refere a Marcos Antônio como um volante acima da média para o padrão do futebol paraense.

* Agora com autoconfiança, Dedeco inicia uma fase de afirmação como titular do Remo. Ele chegou tímido, inseguro, para a Série C, ano passado, e cresceu aos poucos. Para esta temporada, o baiano Dedeco já tem crédito para se sentir seguro, inclusive pelo que mostrou nos amistosos. É um volante que faz o papel de meia quando avança, chega à área e faz gols. Não por acaso, foi o artilheiro do Parazão 2018 com oito gols pelo Castanhal.

* De 18 a 20 de julho, curso da CBF para técnicos de futebol (licença C) em Belém. O curso vai ser disponibilizado para toda a região norte.