A questão sobre o futuro do Parazão 2020 está tendo avanços, sim

Negação da negação no imbróglio do Parazão

É comum ouvirmos que as reuniões virtuais dos clubes e FPF não estão resolvendo nada. Faço aqui a negação desta negação. Vejo avanços!

Na primeira videoconferência havia três hipóteses: anulação do que já houve de campeonato, cancelamento dos 16 jogos que faltam (a classificação atual se tornaria definitiva) ou a conclusão do campeonato em campo. Na segunda videoconferência, na última sexta-feira, foram descartadas as duas primeiras hipóteses. O Parazão 2020 vai ser concluído em campo, mais cedo ou mais tarde. Há várias questões de regulamento pendentes e arrobos de radicalismo. E nessas provas de "quem pode mais", o interesse e a voz dos patrocinadores devem prevalecer na hora "h".

Japiim, duas vezes em casa

Em três mandos o Castanhal viveu três situações diferentes. Contra o Paysandu foi um mandante visitante (e vencedor) no Mangueirão. Contra o Carajás jogou em casa, mas com portões fechados. Somente contra o Águia teve bilheteria e o calor da torcida no Modelão. Terceiro colocado no campeonato, em posição de acesso à Copa do Brasil, Série D e Copa Verde, o Japiim tem dois jogos em casa para confirmar as conquistas, contra Tapajós e Independente, com portões abertos ou fechados.

Pelo regulamento, nas rodadas finais da primeira fase, Águia, Independente e Bragantino têm possibilidades de classificação à semifinal, o Bragantino ainda tem algum risco de rebaixamento, Tapajós e Itupiranga disputam permanência na elite. 

BAIXINHAS

* Se for à semifinal contra Remo ou Paysandu, o Castanhal terá que cumprir o seu mando no Mangueirão. É que o estádio da cidade modelo só está liberado para 4.300 pessoas, e o regulamento diz que Leão e Papão só jogam em estádios com o mínimo de cinco mil lugares.

* O Remo é o único time do campeonato que ainda não saiu de casa. E só tem uma saída nesta fase, a Santarém, contra o Tapajós, na 10a rodada. O Paysandu já foi a Bragança e ainda deve ir a Paragominas. E o Itupiranga vai completar a campanha sem jogar na sua cidade.

* Paraense Pecel, do Japiim (oito gols) x gaúcho Nicolas, do Paysandu (sete). O duelo pela artilharia está mantido, agora sem a sombra de Jackson, que fez cinco gols, mas deixou o Remo. Pecel e Nicolas, dois grandes destaques deste Parazão.

* O campeonato foi interrompido quando o Paragominas teria a sua melhor bilheteria, recebendo o Paysandu na Arena Verde. Assim, no recomeço o Jacaré já pode ter um suporte financeiro providencial para honrar compromissos, se o recomeço não for com portões fechados.

* Na semana passada, a coluna já deu destaque para o árbitro assistente da CBF Rafael Bastos Cardoso, que é enfermeiro e trabalha na linha de frente no combate à Covid 19 em Salvaterra.

* Agora o registro é para a enfermeira Nayara Suely, em Breves, e para a farmacêutica Bárbara Loyola (Fifa) em Belém, ambas engajadas no trabalho contra os efeitos do coronavírus. Afinal, para defender a saúde da população elas ignoram qualquer impedimento.

* Coluna dedicada à memória do repórter fotográfico Ary Souza, de O Liberal. Saudade!