CONTINUE EM OLIBERAL.COM
X

Coleta para e lixo toma conta de terreno abandonado

Nos bairros do Guamá e da Condor, os moradores não vêem a coleta de lixo há um mês

Victor Furtado

Há cerca de um mês, moradores de algumas vias transversais à avenida Bernardo Sayão, no limite entre os bairros do Guamá e da Condor, tinham coleta de lixo porta a porta. São vias pequenas demais para um caminhão coletor entrar.  Mas desde o início das dificuldades com a operação no aterro sanitário de Marituba, operado pela Guamá Tratamento de Resíduos, esse serviço na comunidade parou. A alternativa foi piorar o problema do lixão formado em um terreno abandonado.

O terreno abandonado fica na Bernardo Sayão, próximo ao porto da Palha. Era uma antiga estância, a A.M. Fidalgo. Moradores da área apontam que a estância encerrou as atividades entre 10 e 15 anos atrás. Nos últimos dois anos, o acesso indevido ao terreno — a proteção das ruínas da empresa nunca foi muito eficiente — começou. Primeiro foram pessoas em situação de rua. Depois foram pessoas jogando lixo lá.

Pouco a pouco, o terreno abandonado se tornou um lixão. Lá são jogados, diariamente, vários quilos de caroços de açaí, sacos de lixo e restos de carnes cruas e alimentos. Já há pequenas lagos de chorume e o fedor pode ser sentido de longe. Urubus, ratos e insetos diversos não saíram mais de lá. E nessas condições insalubres, pessoas em situação de rua ocupam algumas das instalações arruinadas da antiga estância.

image (Fábio Costa)

"De dois em dois dias vem um trator limpar. Mas todo dia tem mais lixo. Tinha uma coleta que ia nas ruas buscar o lixo. Nunca foi muito confiável, mas tinha. Agora parou. E aí o pessoal tá jogando lixo aí no terreno. Eu trabalho com comida, vendo frango. Me preocupa ficar perto desse lixo sim", comentou o comerciante José Rodrigues, o "Bananeiro", que trabalha na calçada onde fica o terreno da estância.

A técnica de enfermagem Edna Cristina lembra que a coleta de porta em porta parou, aproximadamente, entre três semanas e um mês. "Desde então, esse lixão desse terreno abandonado piorou. O pessoal só faz jogar logo aí. Todo mundo está reclamando da falta de coleta", criticou. Entre as vias mais prejudicadas estão a Hugo Ricardson, São Raimundo, São Cristóvão, Joana D'Arc e Madacil.

image (Fábio Costa)

Em nota, a Prefeitura de Belém apenas informou que "A coleta no local citado continua sendo realizada, conforme o dia e horário estabelecidos no calendário de coleta do bairro. Os atrasos registrados no recolhimento do lixo na área são consequência dos recorrentes problemas ocorridos no aterro sanitário de Marituba, onde os carros coletores continuam enfrentando filas para executar o descarregamento".

"Nesta madrugada (25) foram registrados novos atrasos no descarregamento dentro do aterro. A morosidade da empresa Guamá Tratamento já foi comunicada ao desembargador Luiz Neto, que determinou o funcionamento do aterro por mais quatro meses", completou a prefeitura na nota. No entanto, mesmo questionada, não falou sobre nenhuma medida administrativa ou meios que o poder público tenha para evitar que o lixão continue por se tratar de área privada.

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
O Liberal
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!