Círio Fluvial terá menos embarcações este ano

A Romaria Fluvial (ou Círio Fluvial) teve uma redução do número de embarcações inscritas. No ano passado, mais de 350 foram cadastradas. Neste ano, foram 307 e algumas ainda estão com pendências, que precisam ser corrigidas até esta sexta-feira (11). Na manhã desta quinta-feira, a Capitania dos Portos da Amazônia Oriental (CPAOR) apresentou o planejamento e orientações de segurança de uma das maiores romarias da Quadra Nazarena. O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Pará (Dieese-PA) estima a participação de 50 mil pessoas. Veja as orientações deste ano:

Todas as instruções foram repassadas a órgãos públicos e proprietários das embarcações. Uma das novidades deste ano é que, em cada embarcação, devem ser exibidos vídeos informativos sobre segurança. Há também o podcast Rádio Marinha, com mais informação sobre navegação segura. A ideia é que o transporte hidroviário não seja diferente do aeroviário, que já tem uma cultura de informação sobre segurança e prevenção.

Uma das possíveis razões para a redução do número de embarcações inscritas é o cadastro mais criterioso e maior rigor na fiscalização. Durante a romaria, explica o capitão dos portos da Amazônia Oriental, comandante Manoel Pinho, haverá cerca de 40 embarcações de apoio logístico. Qualquer embarcação sem a bandeira que indica o cadastro regular, será retirada da procissão.

Durante a romaria, vários elementos serão analisados. Principalmente equipamentos de segurança em número adequado, superlotação, presença de materiais explosivos ou combustíveis e distribuição do peso de passageiros. Manoel Pinho destaca que, quando a imagem é mais visível, muitas pessoas se concentram num mesmo lugar. Isso pode levar uma embarcação a virar. Do total de inscritas, 30 são de grande porte (400 passageiros ou mais). Há cerca de 80 motos aquáticas.

"Queremos que a população seja a primeira a fiscalizar. E aproveitamos o evento para outras campanhas preventivas, como prevenção ao escalpelamento de mulheres em motores; fizemos distribuição de coletes salva-vidas para populações ribeirinhas...", comentou o capitão dos portos da Amazônia Oriental.

Regras da romaria foram repassadas esta quinta (Victor Furtado)

Caso ocorra algum acidente, o Corpo de Bombeiros Militares terá 40 servidores para ajudar em resgate, salvamento e contenção de incêndios ou outros possíveis acidentes. O major bombeiro militar Ricardo Anaissi lembra que, no ano passado, ocorreu um acidente com vazamento de gás de um botijão. Houve incêndio e duas pessoas sofreram queimaduras. "Não podemos tolerar algo assim novamente. Estaremos ajudando a Capitania dos Portos na orientação sobre manobras perigosas das embarcações. Está vedada a queima de fogos de artifício", disse.

Quaisquer ocorrências podem ser denunciadas pelo Disque Emergências Marítimas e Fluviais (185) e pelos telefones (91) 3218-3950, (91) 99114-9187 (aplicativo de mensagem instantânea).