Ceará e Amazonas têm planos de reabertura

Os dois estados ainda mantém um cenário preocupante na opinião dos infectologistas para tomar essa decisão

Agência Estado

Após redução no número de óbitos por covid-19 em Manaus, o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), afirmou que o comércio reabrirá gradualmente a partir do dia 1º de junho. No interior, que concentra 54% dos casos de coronavírus do Amazonas, a decisão ficará sob critério das prefeituras.

Lima já havia antecipado, no domingo, a retomada do comércio porque, segundo ele, "a vida precisa voltar à normalidade". Mas em coletiva à imprensa na terça-feira esclareceu que a suspensão das medidas restritivas dependeria da curva de casos do novo coronavírus - caso contrário, o Estado retrocederia com a decisão. O decreto que permite apenas serviços essenciais vai até o dia 31 de maio.

"Tem havido número menor de óbitos e isso tem diminuído ao longo dos últimos 15 dias. Temos um aumento de casos, mas um número alto também de recuperados. Temos mais de 23 mil recuperados. A gente consegue enxergar uma luz no fim do túnel. Todas as decisões de reabertura do comércio estão condicionadas à essa curva."

Para o infectologista Marcus Lacerda, o momento pede equilíbrio. "É uma decisão complicada. Acho que deve haver meio-termo. Voltar aos poucos com cuidado e acompanhar de perto. Não podemos juntar dados do Amazonas com Manaus; as mortes na capital caíram. Abertura total não pode, nem fechamento total. O comércio de Manaus nunca fechou de fato, apenas uma mínima parcela."

O Amazonas tem 33 mil casos confirmados da doença e 1.891 mortes. No auge da crise, Manaus enfrentou dificuldades para atender pacientes no sistema público de saúde - profissionais também se queixaram da falta de equipamentos básicos e muitos acabaram contaminados pelo coronavírus.

Ceará. O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), também afirmou que pretende iniciar a abertura da economia no Estado a partir da próxima segunda-feira. A retomada será feita considerando indicadores de saúde, com orientações aos municípios de acordo com a incidência do coronavírus em cada região. O plano de reabertura deve ser divulgado oficialmente nesta semana e foi elaborado em conjunto com as equipes econômica e de saúde. Como uma das justificativas, o governador citou a tendência de estabilização no número de casos da capital, Fortaleza, a terceira cidade do País a implementar o lockdown.

A capital cearense ainda encontra dificuldades em se fazer cumprir a determinação. Mais de 2.600 ocorrências por descumprir isolamento social rígido foram registradas até segunda-feira.

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