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Tecnologia e falta de creches acentua defasagem salarial de mulheres, diz estudo

Relatório mostra que elas teria que esperar 202 anos para ganhar o mesmo que homens

Reuters

Mulheres precisarão esperar 202 anos para ganhar o mesmo que homens e ter oportunidades iguais de emprego, indicou relatório global divulgado nesta terça-feira, segundo o qual a ascensão de robôs e a falta de creches está afastando muitas mulheres do mercado de trabalho.

As mulheres recebem cerca de metade do salário dos homens, disse o Fórum Econômico Mundial (FEM), que registrou uma disparidade salarial de gênero de 51 por cento em 2018.

"Ainda há um longo caminho até a paridade, e ainda há um longo caminho até chegarmos ao ponto em que mulheres e homens recebam o mesmo pelo mesmo trabalho", disse Saadia Zahidi, coautora do relatório e chefe do Centro para a Nova Economia e Sociedade do FEM.

Houve menos mulheres trabalhando este ano do que homens, sobretudo devido à falta de creches, que as afasta do mercado de trabalho ou as impede de assumir cargos superiores, mostrou o índice anual que analisa o progresso de 149 países para acabar com a disparidade de gênero.

"A maioria das economias ainda não fez muito progresso para providenciar uma infraestrutura melhor para as creches", explicou Saadia em entrevista por telefone.

"Essa continua sendo uma grande razão para as mulheres não entrarem no mercado de trabalho ou não conseguirem progredir tanto quanto deveriam, dado o talento que têm", acrescentou.

A presença de mulheres é escassa nos postos mais elevados, revelou o relatório, com apenas um terço de todos os cargos de gerência ocupados por elas.

Neste ano, também só houve 17 mulheres chefes de Estado, e as mulheres ocuparam 18 por cento dos cargos ministeriais e 24 por cento das funções parlamentares em todo o globo, acrescentou o estudo.

Saadia alertou que o crescimento de tecnologias, como robôs e inteligência artificial, também estão tomando vagas tradicionalmente ocupadas por mulheres, incluindo nas áreas de administração, serviços ao consumidor e telemarketing.

"Embora muito da narrativa do passado tendesse a se concentrar em homens trabalhando como operários em fábricas, há muitas mulheres em fábricas ou na prestação de serviços que também estão perdendo espaço --e essa tendência começa a ficar mais acentuada", disse.

O relatório da FEM apontou que só 22 por cento das pessoas trabalhando em inteligência artificial em todo o mundo são mulheres.

À medida que a tecnologia avança, dizem especialistas, mulheres e meninas com poucas habilidades digitais serão as mais afetadas e terão dificuldade para encontrar empregos.

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