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Suspeitos de matar Marielle se reuniram no condomínio de Bolsonaro antes do crime

Caso agora vai ser julgado no STF, por envolver um presidente da república

Redação Integrada, com informações do G1
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Registros de entrada do condomínio onde o presidente Jair Bolsonaro mora no Rio de Janeiro apontam que Ronnie Lessa, principal suspeito de matar a vereadora Marielle Franco e seu motorista, Ander Gomes, estiveram no condomínio Vivendas da Barra antes do crime.

Com exclusividade, o Jornal Nacional teve acesso aos registros da portaria do condomínio. No local, o porteiro da propriedade contou à polícia que, Élcio de Queiroz, outro suspeito de participar da morte de Marielle, entrou no local e disse que iria a casa do então deputado, Jair Bolsonaro. Neste dia, registros da Câmara dos Deputados apontam que Jair Bolsonaro estava presente na sessão em Brasília.

Como o presidente acabou citado na ocasião, agora o Supremo Tribunal Federal (STF) fará a análise da situação, como obriga a Lei.

Nos depoimentos, o porteiro afirma que, ao ligar para a casa 58, residência de Jair Bolsonaro, ele mesmo atendeu a chamada e confirmou que o visitante tinha autorização para entrar, afirmação contestada pelos registros da Câmara do Deputados.

No registro geral de imóveis, consta que a casa 58 pertence a Jair Messias Bolsonaro. O presidente também é dono da casa 36, onde vive um dos filhos dele, o vereador do Rio Carlos Bolsonaro (PSC).

O porteiro explicou ainda que, depois que Élcio entrou, ele acompanhou a movimentação do carro pelas câmeras de segurança e viu que o carro tinha ido para a casa 66 do condomínio. A casa 66 era onde morava Ronnie Lessa, acusado de matar Marielle e Anderson. Lessa é apontado pelo Ministério Público e pela Delegacia de Homicídios como autor dos disparos, já Élcio de ter dirigido o veículo.

Em depoimento o porteiro disse que ligou de novo para a casa 58, e que o homem identificado por ele como "Seu Jair" teria dito que sabia para onde Élcio estava indo.

Segundo o JN, a polícia tenta recuperar arquivos de áudio da guarita do condomínio, cujo interfone é monitorado, para saber com quem, de fato, o porteiro conversou naquele dia e quem estava na casa 58.

Com a citação pelo porteiro do nome do presidente, representantes do Ministério Público do Rio foram a Brasília no último dia 17 para fazer consulta ao presidente do STF, Dias Toffoli. Eles questionaram se podem continuar com investigações, uma vez que o nome de Bolsonaro foi mencionado. Toffoli ainda não respondeu.

O advogado de Bolsonaro, Frederick Wassef, contestou o depoimento. Ele ressaltou que o presidente estava em Brasília no dia do assassinato de Marielle e disse que o depoimento do porteiro é uma "mentira", feita para atacar a imagem e a reputação do presidente.

"Afirmo com absoluta certeza que é uma mentira, fraude, farsa para atacar imagem e reputação do presidente", disse Wassef. "O presidente não conhece o Élcio."

"Talvez, esse indivíduo tenha ido à casa de outra pessoa e, alguém, com intuito de incriminar o presidente, conseguiu um depoimento falso onde essa pessoa afirma que falou com Jair", declarou o advogado à Globo.

 

 

 

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