PF: envolvido na morte de homem negro não tinha registro de segurança
Segundo a Polícia Federal, o segundo acusado terá o documento suspenso
Um dos seguranças presos pela morte de Beto Freitas, homem negro espancado na noite de quinta (19), em Porto Alegre, não tinha o registro para exercer a profissão, informou a Polícia Federal.
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Segundo a PF, que emite o documento, é necessário ter a carteira nacional do vigilante para fazer "a abordagem ativa de contenção".
Giovane era policial militar temporário e "não poderia tirar registro de segurança", informou o coronel Rodrigo Mohr Picon, comandante-geral da Brigada Militar. "Por lei é vedado o exercício de qualquer outra atividade remunerada", afirmou.
Já o segundo preso, Magno Braz Borges, 30 anos, possui o registro, mas não consta no banco de dados com vínculo à empresa que prestava serviço e terá o documento suspenso, de acordo com a Polícia Federal.
Os autores do crime foram presos em flagrante na noite de quinta.
João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, foi espancado e morto por dois homens brancos na véspera do Dia da Consciência Negra. Ele fazia compras com a esposa quando teria feito um gesto para uma fiscal de caixa. Ela chamou a segurança, que levou João Alberto para o estacionamento do supermercado, onde ocorreram as agressões.
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