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Para PF, morte de Elias Maluco foi ‘um suicídio clássico’

Em carta deixada à família, Elias disse que ‘não tinha mais vontade de viver’ e pediu perdão, mas que se sentia pronto para morrer

Agência Estado

Responsável por apurar as circunstâncias da morte de Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, o delegado da PF Daniel Martarelli da Costa disse que o caso, inicialmente, é tratado como "um suicídio clássico". O matador do jornalista Tim Lopes, em 2002, foi encontrado morto na última segunda-feira, 21, na Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná.

"Apreendemos algumas cartas na cela do preso. Também fizemos oitivas com os agentes que o encontraram e obtivemos imagens das câmeras de segurança. Nas cartas, Elias, que tinha 54 anos, não relatou o motivo do gesto, mas disse, basicamente, que ‘não tinha mais vontade de viver’ e pediu perdão à família, dizendo que não era um ato de covardia, mas, sim, de coragem, que ele se sentia pronto para aquilo. Ele não relatou nada sobre ameaça ou motivação. Vai ter um laudo pericial para isso, mas, pelos indícios, tudo indica para um suicídio clássico", disse o delegado.

A cela, acrescentou, "estava muito bem organizada, a cama arrumada". "Estava tudo organizado, os livros, as cartas, e havia uma toalha pendurada no local do banho."

Repercussão. As câmeras de monitoramento não captam imagens do interior das celas e ainda serão periciadas. Questionados sobre uma possível divergência quanto à hora exata da morte, e à recusa de Elias de receber seus defensores na terça-feira, os policiais nada quiseram declarar.

Em Catanduvas as celas são individuais e, segundo o delegado Martarelli. Outros presos não tinham acesso à cela de Elias, que no dia anterior ao da morte havia saído para o banho de sol normalmente.

No atestado de óbito emitido pelo cartório de registro civil de pessoas naturais de Catanduvas, consta que Elias morreu em decorrência de asfixia mecânica, enforcamento e compressão do pescoço. Apesar dos indícios de suicídio, a PF monitora a repercussão da morte nos outros presídios do País e fora deles, até a conclusão final do caso - o laudo pericial, a ser feito pela Polícia Federal de Foz do Iguaçu (PR) tem 30 dias para ficar pronto. O laudo preliminar aponta o enforcamento como a causa da morte.

A advogada Luceia Alcântara confirmou que tinha atendimento com Elias agendado para terça, mas não recebeu informação sobre por que ele não quis recebê-la. O corpo de Elias Maluco foi liberado na tarde de terça-feira, 22, e enviado por uma a funerária até Santa Tereza do Oeste. Um voo partindo de Foz do Iguaçu fez o traslado do corpo para Rio de Janeiro no início da tarde.

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