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Mutação no vírus pode explicar nova onda no Amazonas

Cientistas da Fiocruz identificam variante inédita do coronavírus no Estado vizinho ao Pará

Redação Integrada com informações do Metrópoles e CBN
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Sequenciamento genético feito por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Amazônia confirmou uma variante inédita do coronavírus de origem brasileira. A mutação do vírus também foi encontrada no Japão a partir do desembarque de quatro brasileiros em Tóquio. A cepa pode ser mais contagiosa.

A comparação entre os vírus foi possível porque o sequenciamento genético foi colocado em um banco de dados internacional. Os cientistas brasileiros descobriram que as amostras eram compatíveis com o vírus presente no banco de dados do Amazonas, cujas amostras foram coletadas entre abril e novembro de 2020. “É o mesmo vírus, mas com muitas mutações”, disse o pesquisador Felipe Naveca ao portal UOL.

As mutações afetam a proteína Spike, que o vírus usa para se associar às células humanas. A nova linhagem do Sars-CoV-2 pode ter se tornado mais transmissível, a exemplo do que aconteceu no Reino Unido, o que explicaria o aumento de casos de covid-19 no Amazonas.

Linhagens

O vice-diretor de Pesquisa e Inovação da Fiocruz Amazônia, Felipe Naveca, disse ao Jornal da CBN que a nova cepa deve ser combatida da mesma forma. "O vírus, seja ele o mutante ou o selvagem, ele não vai passar pela máscara, ele não vai resistir à lavagem das mãos com sabão ou álcool gel. Então, as medidas de distanciamento social e as medidas de utilização de EPI como a máscara e a lavagem da mãos continuam sendo extremamente eficazes. A gente precisa, nesse momento, diminuir a circulação do vírus porque isso vai nos ajudar a desacelerar esse processo de evolução do vírus, e a gente precisa demais da ajuda da população", disse ele.

Felipe Naveca informou que já foram detectadas mais de 30 linhagens do novo coronavírus no Brasil, sendo que ao menos 11 circulam no Amazonas. Ele observou que o Estado vive um cenário catastrófico semelhante ao do ano passado: "Até tenho comentado com os amigos que a gente está vivendo abril de novo. Abril do ano passado, que foi um coisa assustadora. A gente não conseguia nem dormir direito, virando algumas noites no laboratório para poder fazer diagnóstico. Minha equipe trabalha tanto no diagnóstico quanto no sequenciamento. Então, a gente está muito sobrecarregado. Nossos colegas médicos estão dando depoimentos muito emocionados porque eles estão numa luta ferrenha. Nós chegamos, de novo, num cenário catastrófico", resumiu.

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