Homem suspeito de executar a ex disse que a mataria se ela deixasse
A ameaça foi anotada em um boletim de ocorrência registrado por Naila no dia 1º de abril deste ano
O único suspeito de ter matado a tiros Naila Vitória Rodrigues, de 20 anos, é Antônio César Cavalheiro Soares. Ele também teria matado a mãe da jovem, Erika Rodrigues Salomão, de 39 anos, nesta terça-feira (4), em Ponta Porã (MS). O homem já havia dito que mataria a jovem se ela o deixasse.
A ameaça foi anotada em um boletim de ocorrência registrado por Naila no dia 1º de abril deste ano. A jovem contou que Antônio a chutou, cuspiu em seu rosto e disse que a mataria se ela fosse embora para a casa da mãe.
Ela contou à polícia que morava com Antônio em Pedro Juan Caballero – cidade no Paraguai, separada de Ponta Porã apenas por uma rua. Eles têm um filho de cinco meses.
A motivação da ameaça teria sido ciúmes. Antônio teria desferido chute na mulher e cuspido no rosto da companheira.
Naila disse ao homem que pegaria suas coisas e iria embora para a casa de sua mãe. Foi quando Antônio a ameaçou dizendo que se fosse embora e tentasse acionar a polícia, ele a mataria.
A mulher disse à polícia que logo após a ameaça, ele pegou o filho do casal e seguiu para o lado brasileiro da fronteira em seu carro. No entanto, os policiais não encontraram Antônio.
A jovem foi levada para a casa da mãe e orientada a formalizar a queixa na Delegacia de Atendimento à Mulher, além de registrar o fato na Polícia Nacional no Paraguai. No entanto, ela não procurou a Polícia Civil.
Nesta terça-feira, Antônio cumpriu a ameaça. Ele foi até a frente do hospital onde Naila trabalhava e a matou a tiros na calçada.
Em seguida, ele percorreu cerca de um quilômetro até o local onde a ex-sogra trabalhava matou Erika com tiros na cabeça enquanto a mulher arrumava gôndolas de frutas e verduras.
Antônio, teria usado uma moto estrangeira com placa do Paraguai para continuar a fuga.
O filho do casal está com parentes. Após as execuções, policiais foram até a casa de Erika e resgataram a filha dela, de 12 anos, entregue ao serviço social do município. A decisão foi tomada pois havia temor de que Antônio também tentasse matar a menina.
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