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Estudo vê eficiência em confinamento e no aumento de testes

Autores enfatizam que as medidas de distanciamento social funcionam, mas é necessário esperar algum tempo para que os seus efeitos positivos sejam notados.

Agência Estado

"As drásticas medidas de controle implementadas na China reduziram substancialmente a disseminação da covid-19." Essa é a principal conclusão de um estudo internacional divulgado ontem na revista Science, assinado por cientistas de alguns dos principais centros de pesquisa do mundo, como a Universidade Oxford, no Reino Unido, Universidade Harvard, nos EUA, e Instituto Pasteur, na França.

Os autores enfatizaram que as medidas de distanciamento social funcionam, mas é necessário esperar algum tempo para que os seus efeitos positivos sejam notados. Em pronunciamento oficial na noite de terça-feira, o presidente Jair Bolsonaro disse ser contrário a iniciativas de confinamento total da população.

Entre outras medidas drásticas adotadas pela China estão a quarentena de cidades inteiras, o fechamento de serviços não essenciais e a restrição nas viagens aéreas. O estudo foi feito com dados de plataformas móveis, obtidos em tempo real na cidade chinesa de Wuhan, epicentro da epidemia.

O novo coronavírus foi detectado no fim de dezembro do ano passado e rapidamente se espalhou pela China. Os especialistas perceberam que, no início da epidemia, a distribuição dos casos de covid-19 em Wuhan acompanhava a mobilidade da população.

Depois da implementação das medidas de controle, essa correlação cai drasticamente, comprovando que as iniciativas drásticas de restrição de movimentação das pessoas foram eficazes. "As intervenções implementadas incluem o aumento da testagem, o rápido isolamento dos casos suspeitos, dos casos confirmados e das pessoas que tiveram contato com eles", diz o estudo. "Notadamente, foram adotadas medidas de restrição na mobilidade impostas em Wuhan já no dia 23 de janeiro. Restrições de viagem foram impostas em 14 outras cidades da província de Hubei logo depois."

De acordo com o estudo, as restrições de viagens são particularmente eficientes nos primeiros estágios, quando a epidemia está ainda confinada a uma determinada área que funciona como a fonte de disseminação do vírus.

Entretanto, dizem, podem ser menos eficazes depois que epidemia já está mais espalhada. "A combinação de intervenções adotadas na China foi claramente bem-sucedida em reduzir a disseminação e a transmissão local da covid-19", concluíram. Os cientistas calcularam que a adoção dessas medidas também atrasou a disseminação do vírus em pelo menos três dias.

Futuro

"As províncias chinesas e outros países que já conseguiram deter a transmissão interna da covid-19 devem considerar cuidadosamente como pretendem liberar as viagens e a mobilidade para que a doença não retorne à população", afirmou Moritz Kraemer, da Universidade Oxford, principal autor do estudo publicado na revista Science.

 

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