Após matar o próprio filho, homem fala: 'Agora é só um corpo'

A intenção era dar um "susto" na mãe do menino e na ex-sogra

Redação Integrada com informações de Metrópoles

O agente de estação de metrô Paulo Roberto de Caldas Osório, 45 anos, contou os detalhes sobre como matou o próprio filho, Bernardo, de apenas um ano e 11 meses. Ele disse à polícia do Distrito Federal que deu medicamentos controlados à criança e jogou o corpo às margens da BR-020, a cerca de 600km de Brasília.

"Agora é só um corpo. Passei e não vi ninguém na rua, joguei no mato e saí", confessou.

Segundo o homem, a intenção era dar um "susto" na mãe do menino, com quem, de acordo com a PCDF, teve um relacionamento, e na ex-sogra. O delegado-chefe da Divisão de Repressão a Sequestro (DRS), Leandro Ritt, "é uma pessoa que não tem emoção. Se refere ao filho sempre como o 'menino'. Disse que, após dar o medicamento, o garoto ficou 'molinho' e, ao constatar a morte, jogou o corpo em uma região de mato alto próximo a rodovia".

A polícia não tem dúvidas de que o crime foi planejado por vingança e acredita que o garoto morreu na casa do pai. Paulo afirmou que deu três comprimidos de medicação controlada para a criança dissolvidos em um suco de uva após a saída da escola, na sexta-feira (29). O objetivo do homem era levar Bernardo dormindo até Minas Gerais. No entanto, o menino teria passado mal, vomitado e, depois, morrido.

"Fizemos buscas na residência [do pai] e encontramos uma caixa de remédios (para dormir), copo de água infantil e muitos resquícios de vômito. O material foi encaminhado à perícia", explicou o delegado, durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira (4).

Buscas

A polícia ainda procura pelo corpo de Bernardo. Equipes de agentes e helicópteros da corporação fazem varredura na região apontada por Paulo. Ele disse em depoimento que era noite e chovia muito quando abandonou o corpo do filho, próximo a Roda Velho (BA). Além do corpo, ele arremessou a cadeirinha que estava fixada em seu veículo.

Paulo estava preso em um hotel em Alagoinhas, na Bahia. Ele foi autuado por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Se condenado, pode pegar pena de 30 anos de reclusão. O homem foi levado pelo avião da PCDF para o DF, passou por audiência de custódia nesta quarta e o juiz o manteve preso preventivamente. 

Crime

Após o sequestro da criança, o pai mandou mensagem para a mãe do menino fazendo ameaças: "Vocês nunca mais vão ver o Bernardo. Falei desde o início para você que [se] aprontasse na minha vida, sua mãe não ia te proteger. Nem você nem sua mãe servem de nada".

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