UFPA nega autoria de estudo que embasou retomada das atividades econômicas no Pará

Instituição afirma que responsabilidade institucional sobre o estudo divulgado pelo Governo do Estado é somente da Ufra

Redação Integrada
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A Universidade Federal do Pará (UFPA) negou, na tarde desta terça-feira (2), ter responsabilidade institucional sobre o estudo divulgado pelo Governo do Pará no último dia 25, apontando a queda no número de casos de covid-19 na Região Metropolitana de Belém e embasando a reabertura das atividades comerciais na região.

Respondendo ao questionamento do perfil "Belém Trânsito", pelo Twitter, a instituição afirmou que "o relatório mencionado é de responsabilidade institucional apenas da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), não da UFPA, ainda que tenha contado com a participação de docentes da UFPA, que atuaram com independência no estudo". A publicação foi feita às 17h20.


O Governo do Pará divulgou o plano de retomada na última sexta-feira (29) e, na ocasião, informou que o estudo era referendado por Ufra e UFPA, apontando tendência de queda no número de casos de covid-19 na Região Metropolitana de Belém.

Ainda de acordo com a UFPA, todas as posições instituicionais da mesma têm sido vinculadas nos canais oficiais da instituição, com a indicação de que são baseadas diretamente nas recomendações do Grupo de Trabalho sobre o novo coronavírus. 

Segundo a nota técnica emitida pelo GT/UFPA na noite desta segunda (1), "não há como afirmar inequivocamente que o Pará ou a região metropolitana de Belém esteja já na curva descente da pandemia. Assim, com base na prudência, em não havendo vacina ou medicamentos comprovadamente eficazes, a única estratégia para desacelerar a pandemia continua sendo o isolamento social”.

Na matéria de divulgação do estudo, publicada na Agência Pará de Notícias às 11h39 do último dia 25, o Governo do Estado vincula a autoria da pesquisa às duas universidades federais. "Os números de casos confirmados e casos de óbitos causados pela covid-19 na Região Metropolitana de Belém alcançaram o nível de estabilidade e apresentam tendência de queda. É o que afirma um estudo realizado pelas Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) e Universidade Federal do Pará (UFPA) com apoio do governo do Estado", diz a matéria.

Procurada pela redação integrada de O Liberal, a Secretaria de Estado de Saúde (Sespa) informou na manhã desta quarta (2) que "ainda analisa o estudo" que embasou as medidas de flexibilização no Pará. A Sespa diz também que as regiões que o governo flexibilizou tiveram sete casos confirmados de covid-19 e um óbito, nas últimas 24 horas.

"O governo lamenta e se solidariza com familiares e amigos" disse a nota da Sespa. A secretaria voltou ainda a reafirmar que "todas as decisões e dados epidemiológicos estão baseados na análise realizada pela Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) com técnicos da Universidade Federal do Pará (Ufpa)".

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