Rua Ecológica é exemplo de sustentabilidade em Outeiro

As ações chamaram atenção da Escola Bosque que prestará assistência sobre o plantio de mudas

Emanuele Correa
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Moradores da rua Piquiarana, no bairro Água Boa, em Outeiro, fizeram da via um projeto de sustentabilidade: criaram a "Rua Ecológica".  A comunidade se mobilizou há cinco meses e criaram uma associação. O objetivo é promover a consciência ambiental. Sustentabilidade é uma meta de avanço global até 2030, segundo a agenda alinhada por 193 países membros das Nações Unidas, em 2005. É um desafio diário. E os moradores da Rua Ecológica deram um passo, acreditando que pequenas mudanças nos hábitos do cotidiano podem fazer a diferença.

"Rosilda, Ricardo, Selma, eu e outros moradores nos reunimos há muito tempo, para ajudar a aterrar a nossa rua e mantê-la, pois antes as casas alegavam. Mas há cinco meses fundamos uma associação de moradores e estamos desenvolvendo ações coletivas de consciência ambiental. Fizemos rifa para aterrar a rua e uma coleta para construímos a lixeira", pontuou o morador Armando Canté.

Caminhando pela rua é possível ver a lixeira de coleta seletiva, para separar plástico, vidro e metal. Depois uma lixeira para resíduos orgânicos. Quase 30 moradores estão em um  grupo de aplicativo de mensagens instantâneas. Lá, eles organizam os horários da coleta seletiva, que acontece uma vez na semana; e dos outros dois dias, que passa o caminhão de coleta de lixo comum. "Tivemos uma reunião com uma pessoa que veio nos ensinar a separar os lixos. Depois, esse lixo coletado é recebido por uma cooperativa de reciclagem", disse Selma Couto, que reside há 23 anos na comunidade.

Os desafios da Rua Ecológica ainda são muitos. Os moradores pretendem fazer uma festa junina no próximo dia 26, com a venda do bingo e de comidas típicas da quadra junina. Pretendem arrecadar dinheiro para manutenção da rua, confecção de novas lixeiras e canteiro de plantas. "Desejamos educação ambiental, respeito ao próximo. Já estamos percebendo pessoas de outras ruas interessadas. Que bom que chamamos atenção do município, porque eles podem ampliar essas ações, que também são de responsabilidade deles, mas também nossa" celebrou Ricardo Silva, outro morador. 

A ação chamou a atenção da Fundação Escola Bosque (Funbosque), que em reunião com os moradores, garantiu apoio às ações de plantações de mudas e pretende levar o exemplo da comunidade a outras ruas.

“Queremos efetivar a coleta seletiva, a reciclagem, arborização e a implantação de hortas comunitárias como uma política pública no distrito Outeiro. A perspectiva é criar uma rede de iniciativas e ações propositivas de coleta seletiva, de proteção do meio ambiente, os moradores da rua ecológica já conseguiram fazer isso, imagina estender isso para toda ilha de Caratateua, é revolucionário. Estamos desde janeiro realizando ações de plantio em Outeiro, vamos fazer o que estamos chamando de ‘Amazonizar Belém’.” Alickson Lopes, presidente da Funbosque.

Seu Ricardo Canté ofereceu à equipe da redação integrada de O Liberal um suco feito com o maracujá que é plantado no quintal. Ele explicou que o projeto tem como meta expandir os conhecimentos e engajar outros moradores. "Aqui há vários moradores com plantio no quintal. No meu tenho maracujá, goiaba, cupuaçu, biribá... No final da tarde, todos os dias, nos reunimos e tomamos um café ou suco com um bolo para discutirmos as nossas ações, dia por dia, o que fizemos hoje, o que podemos fazer amanhã para melhorar", concluiu Ricardo. 

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