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Rodoviários de Belém, Marituba e Ananindeua ameaçam entrar em greve na quinta-feira (25)

Tudo depende do resultado de reunião entre a patronal e o sindicato, prevista para esta quarta-feira (24)

Redação Integrada
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Motoristas e cobradores de transportes coletivos dos municípios de Belém, Ananindeua e Marituba, na Grande Belém, podem entrar em greve a partir das 0h desta quinta-feira (25). Segundo o Sindicato dos Rodoviários de Ananindeua e Marituba, tudo vai depender do desenrolar da quinta rodada de negociação da campanha salarial que o sindicato tem agendada com a patronal.

A reunião está marcada para acontecer às 15h desta quarta-feira (24), na sede do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros (Setransbel), na rua dos Mundurucus, no bairro do Jurunas.

É, na previsão dos trabalhadores, a última tentativa de negociação antes de uma greve, que pode ser deflagrada à 0h de quinta-feira (25).  Até um milhão de passageiros podem ficar sem ônibus.

Segundo o dirigente do sindicato, Cleiton Santos, a ameaça de greve nos transportes coletivos existe pela falta de acordo entre a categoria e a patronal desde meados de março deste ano, quando iniciaram as rodadas de negociação entre patrões e empregados, estes representados pelo Sindicato dos Rodoviários de Ananindeua e Marituba.

“Eles não querem dar nada aos trabalhadores. Já estamos chegando na quinta rodada de negociações... então nós, rodoviários, resolvermos em assembleia da categoria, na segunda (15), na sede do sindicato, que vamos entrar em greve, caso não cedam às nossas reivindicações nesta quarta, quando temos reunião”, afirmou Santos.

Reinvindicações

A pauta é praticamente a mesma para todos os rodoviários. Querem aumento real (acima da inflação) para os salários, tíquete-alimentação e auxílio clínica. Esse aumento real há anos não é obtido. E tem também uma pauta que, segundo os sindicalistas, é boa para todo mundo — rodoviários, empresários e passageiros —, que é a redução da carga horária dos trabalhadores para seis horas.

image Quase um milhão de passageiros podem ficar sem ônibus nesta quinta (25), caso as negociações entre rodoviários e empresários não avancem (Everaldo Nascimento / Redação Integrada de O Liberal)

"Hoje temos jornada de oito horas diárias, sendo 44 horas semanais. Temos uma hora de descanso, o que resulta em ônibus parados por uma hora inteira, prejudicando usuários. Mas o que a patronal está oferecendo só a reposição da inflação, sem ganho real, e retirada de 30 minutos do nosso descanso", diz Ewerton Paixão, vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Pará (Sttrepa).

Ewerton também diz que "A patronal vive reclamando que o número de passageiros caiu, que está arrecadando pouco e por isso vem pedir aumentos acima da inflação na tarifa, enquanto coloca ônibus sucateados para rodar. O Conselho Municipal de Transportes aprovou um reajuste de pouco mais de 9%. Querem nos dar reajustes de 4%". É uma crítica que também faz o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Ananindeua e Marituba (Sintram).

Greve

Os rodoviários do Sintram já decidiram que, se a reunião com o Setransbel não tiver resultados satisfatórios, a greve pode ser deflagrada já na quinta. Os rodoviários do Sttrepa farão assembleia a partir das 18h, assim que a reunião com os empresários acabar. No entanto, uma greve conjunta, nos três municípios, não está descartada.

O Setransbel confirmou que terá reunião com o Sintram, mas não confirmou que o Sttrepa participará, apesar de saber que os rodoviários de Belém farão uma assembleia geral.

Atualmente, o Setransbel tem 19 empresas associadas e uma frota de cerca de dois mil ônibus para Belém, Ananindeua e Marituba. Em 2018, a quantidade média de passageiros pagantes/mês foi de 17.108.573. A entidade afirma que a média mensal reduziu em, aproximadamente, 1.800.000 usuários.

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