Primeiro dia de greve dos professores tem baixa adesão; vídeo
Paralisação foi deflagrada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp)
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp) deflagrou nesta quarta-feira (16) greve da categoria, reivindicando emendas no Projeto de Lei número 74 de 2022, que trata do reajuste salarial dos servidores públicos. Entretanto, ao longo da manhã e da noite, em Belém, a reportagem percorreu escolas estaduais e constatou que o funcionamento ocorreu normalmente. Procurado para fazer um balanço do primeiro dia de greve e comentar a baixa adesão ao movimento, o Sintepp informou que não iria se manifestar.
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No bairro da Terra Firme, a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Brigadeiro Fontenelle seguiu como de rotina, com todas as turmas tendo aulas. O mesmo aconteceu na escola Donatila Santana Lopes, na Pedreira, onde a autônoma Márcia Santos aguardava a filha na saída do turno. Segundo a mãe da estudante, em nenhum momento a escola comunicou greve ou paralisação.
Já na escola Visconde de Souza Franco, no Marco, o funcionamento parecia normal, apesar de a diretoria não ter se pronunciado, nem negando, nem confirmando o expediente, por não ter autorização para conceder entrevista.
Na escola Augusto Meira, no bairro de São Brás, os alunos também tiveram aula ao longo da manhã. Já no Centro Educacional de Jovens e Adultos Professor Luiz Octávio Pereira, também em São Brás, o funcionamento foi parcial nesta quarta-feira.
Segundo a diretoria do Centro, os professores tiveram autonomia para decidir aderir ou não à greve, por isso, algumas turmas não tiveram aula. Entretanto, a escola seguiu funcionando também pelo turno da tarde e da noite, com os professores que decidiram continuar com as atividades nesta quarta-feira.
À noite, a reportagem também esteve em escolas que possuem turmas no turno e constatou que as unidades de ensino estavam funcionando normalmente, entre elas, a escola Dom Pedro II, no bairro do Marco.
Sobre a greve e as reivindicações da categoria, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e a Seplad informaram, em nota, que o reajuste do magistério que o governo encaminhou à Alepa é o maior já pago em toda a história do Estado e que será pago um aumento de 33,24% no total da remuneração do professor da educação básica. A Seplad reiterou, ainda, que o grupo de apoio escolar também receberá 10% de aumento no salário-base.
Segundo as secretarias, as discussões seguem o cronograma de reuniões, cuja perspectiva de encerramento é de até 45 dias.
Sindicato espera audiência na Seplad para discutir emendas ao PL
O coordenador estadual do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp), Beto Andrade, alega que o Projeto de Lei nº 74/2022 não é explícito sobre alguns pontos do reajuste salarial para os servidores e também não prevê o pagamento retroativo do piso salarial, que aumentou em 33,24% desde 1º de janeiro de 2022. “A avaliação da categoria agora é que é preciso fazer uma adequação da PL 74/2022, porque ele não trata explicitamente do piso salarial, a Lei 1.798”, comenta o coordenador do sindicato.
Por essas razões, representantes do Sintepp estariam demandando da Secretaria de Estado de Administração (Seplad) uma audiência para debater as emendas propostas pelo sindicato sobre o Projeto de Lei. “Já mandamos um ofício solicitando a audiência, mas não tivemos resposta”, informa Beto Andrade.
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