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Prefeituras ainda não fecharam acordo sobre destino do lixo na Região Metropolitana de Belém

Ministério Público deu dez dias para que solução seja apresentada pelos gestores

Redação Integrada, com informações do MPPA
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As prefeituras de Belém, Ananindeua e Marituba se comprometeram, em reunião realizada na última quarta-feira (19) no Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), a apresentar em até 10 dias um cronograma de trabalho consensual para solucionar a questão do gerenciamento dos resíduos sólidos na região metropolitana.

Faltam 16 meses para o aterro sanitário de Marituba parar de receber os resíduos produzidos pelas três cidades e ainda não há entendimento entre os gestores municipais sobre as soluções. A reunião foi realizada em Marituba e presidida pela promotora de Justiça Marcela Melo, responsável pela Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor, do Meio Ambiente, do Patrimônio Cultural, da Habitação e do Urbanismo de Marituba, cidade onde está instalado o aterro sanitário que poderá receber resíduos sólidos somente até junho de 2021, conforme decisão judicial expedida em junho de 2019.

Os prefeitos Zenaldo Coutinho, de Belém, e Mário Biscaro (Marituba) apresentaram durante a reunião suas respectivas propostas para gerenciar os resíduos sólidos a partir de junho de 2021. O prefeito de Ananindeua, Manoel Pioneiro, não compareceu. Também participaram da reunião técnicos das prefeituras de Belém, Marituba e Ananindeua, representantes das câmaras municipais, da Assembleia Legislativa do Estado do Pará e de movimentos sociais.

A proposta feita pelo prefeito Zenaldo Coutinho envolve a formação de um consórcio metropolitano entre os três municípios para compartilhar os custos e ações voltadas ao gerenciamento dos resíduos sólidos. O cronograma de trabalho prevê que em cinco meses o consórcio será formalizado e, então, poderá ser iniciado o processo de seleção de empresas interessadas em operacionalizar a gestão dos resíduos. A prefeitura de Belém não apontou sugestões de tecnologias ou sistemas de tratamento dos resíduos.

Não houve consenso em relação ao cronograma apresentado. A promotora Marcela Melo pediu maior celeridade na formalização do consórcio. Já a prefeitura de Marituba não concordou com a proposta de contratação de uma consultoria externa para determinar o modelo de consórcio a ser seguido.

O pesquisador Mário Russo, da Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp), ligada à Universidade Federal do Pará, apresentou a proposta financiada pela prefeitura de Marituba. O projeto prevê a combinação de sete tecnologias de gestão de resíduos, desde o tratamento mecânico e biológico até a destinação final em um aterro sanitário de pequeno porte. Um dos pontos destacados por Mário Russo foi a necessidade de ser aplicada uma taxa anual de R$ 60,24 para que cada morador colabore no custeio da gestão dos resíduos.

Segundo o prefeito Mário Biscaro, o projeto foi apresentado a potenciais investidores na Europa, Ásia e Estados Unidos, que teriam demonstrado interesse em investir na empreitada, avaliada inicialmente em US$ 200 milhões, desde que exista um consórcio envolvendo os três municípios. A prefeitura de Belém pediu acesso ao projeto, mas o compartilhamento do estudo ficou condicionado à formalização do consórcio entre os municípios.

Como não houve consenso entre as partes, a promotora Marcela Melo determinou o prazo de 10 dias para que as prefeituras entrem em acordo e elaborem um cronograma de trabalho comum para a questão dos resíduos sólidos. Neste intervalo, o MPPA vai analisar tecnicamente as propostas feitas por Belém e Marituba. 

Ajuste de conduta

O encontro foi parte de um procedimento administrativo instaurado pelo MPPA para acompanhar o cumprimento do termo de ajustamento de conduta (TAC) firmado em 2019 pelos municípios de Belém, Ananindeua e Marituba, Governo do Estado e pela empresa Guamá Tratamento de Resíduos (responsável pela operação do aterro sanitário de Marituba), que trata sobre o gerenciamento dos resíduos sólidos produzidos na região metropolitana.

Um dos dispositivos do TAC prevê que os municípios de Belém, Ananindeua e Marituba deverão apresentar soluções definitivas para o tratamento dos resíduos sólidos após o fechamento do aterro sanitário de Marituba.

 

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