Policlínica suspende atendimento direcionado à covid-19 para retomar atividades normais esta quinta

Após passar por um procedimento de desinfecção e de higienização, a Policlínica Metropolitana, no bairro do Marco, parou durante toda esta quarta-feira (1) suas atividades para retomar nesta quinta-feira (2) a normalidade dos atendimentos dirigidos a pacientes regulados pela Sespa. Os pacientes com sintomas de covid-19, grupo prioritário até então, devem se dirigir a partir de hoje ao atendimento itinerante que fica ao lado do Hangar, onde está montado o Hospital de Campanha de Belém.

Nesse período de pandemia, a Policlínica já atendeu, durante 71 dias, mais de 44 mil pessoas que buscaram assistência ainda na fase inicial da doença.

Pausa para retomada exigiu desinfecção 

O trabalho de desinfecção e de higienização da Policlínica começou após o último expediente dedicado à covid-19, na terça-feira (30). Ao final dos turnos, uma empresa terceirizada fez o procedimento de desinfecção, que invadiu a madrugada.

As tendas que ficavam na área externa do espaço foram retiradas e nesta quarta-feira (1), a unidade de saúde manteve fechada apenas para o expediente interno de regulação e organização dos trabalhos. Funcionários foram flagrados faxinando na pausa da Policlínica.

Atendimento não é mais de 'portas abertas'

A partir desta quinta-feira (2) os funcionários da unidade de saúde estão preparados para receber os pacientes encaminhados pela rede pública. O funcionamento volta a ser de segunda à sexta, das 7h às 19h.

É importante que a população tenha conhecimento que a Policlínica não funciona como porta aberta e sim como complemento das atividades médicas. Quem tinha procedimentos marcados à época do início da pandemia e teve o atendimento suspenso está sendo procurado para reagendamento.

Diante disso, as pessoas que estiverem com suspeitas de covid-19 devem procurar o espaço itinerante da Policlínica que está montada na área externa do Hangar, desde quarta-feira (1).

Esforço inédito e balanço bom

Desde 21 de abril, quando o governo destinou a Policlínica para somar esforços com a rede municipal de saúde no acolhimento de pacientes com o novo coronavírus, o diretor técnico Luiz Fausto da Silva passou a contar com equipes experientes e também recém-formadas para enfrentar um momento inédito na trajetória de qualquer profissional de saúde. Se o tempo era curto para a adequação, era enorme o empenho de todos os envolvidos em ajudar.

"Foi um desafio sem precedentes, mas com achados importantes, como a equipe de novos médicos recém-saídos da Universidade do Estado do Pará (Uepa), que unidos aos mais graduados, formaram uma mescla que deu muito certo", reconhece. "Separar os casos graves dos simples e destiná-los ao tratamento e diagnóstico adequado foi o que impulsionou essa reviravolta da diminuição de novos casos", credita.

Além dos médicos, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas, assistentes sociais e outros profissionais da saúde compuseram as equipes que se dedicaram integralmente a oferecer assistência completa nesse período. "Estamos lidando com uma doença que acomete o sistema fisiológico como um todo. A equipe multiprofissional cuidou não só do agravo principal, que foram os sintomas respiratórios, mas também de outras questões. Com muito empenho contornamos a situação e sustentamos o sistema de saúde de Belém, evitamos o colapso. Sensação é de dever cumprido e gratidão", conclui o diretor assistencial, Orlando Reis.