Pedala Mana comemora 4 anos incentivando mulheres a andarem de bicicleta

Projeto busca promover autonomia feminina e vida mais saudável a partir do ciclismo

O Liberal
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O grupo de ciclistas mulheres Pedala Mana comemorou quatro anos de existência neste domingo (24) com o pedal entre o bairro de São Brás e o Parque Estadual do Utinga. 14 mulheres do coletivo participaram do evento.

A iniciativa nasceu em 2017 com o objetivo de encorajar as mulheres a andarem de bicicleta pela cidade e, mais do que isso, ganharem autonomia com ajuda das magrelas e compreenderem o ciclismo como uma como uma filosofia de vida mais saudável, tanto para as ciclistas como para a cidade.

"Além do aniversário fizemos também o pedal em homenagem a nossa amiga Erika Salum, que foi uma cicloativista muito querida que perdeu a vida para o câncer em São Paulo. Fizemos um café da manhã com piquenique alusivo ao Outubro Rosa, justamente para conversar sobre saúde a prevenção ao câncer de mama", conta a fundadora Ruth Gomes. 

Ruth conta que o encontro também serviu para planejar as atividades que o grupo desenvolverá em 2022, quando voltará com força total após uma breve pausa por conta da pandemia de covid-19. com 14 mulheres

"Ficamos muito tempo sem pedalar juntas, infelizmente. Mas agora aproveitamos para reunir e definir as diretrizes da volta em 2022. Tenho certeza que nós traremos mais mulheres para essa luta do feminismo acompanhada do empoderamento das mulheres via bicicleta", diz.

Segundo Daniele Queiroz, representante do grupo, casos de assédio costumam desestimular as mulheres a andarem de bicicleta pela cidade. Ela conta que a história mais grave de assédio no grupo ocorreu quando um homem resolveu pedalar muito próximo de uma das ciclistas e a assediou verbalmente.

“Nosso objetivo é fazê-las entender que a cidade também é delas, que a presença delas nos mais diversos pontos da cidade é uma maneira de naturalizar a ocupação feminina da cidade que em geral é planejada por homens e prioriza o transporte motorizado”, destaca Queiroz.

Na opinião de Ruth, os ciclistas de todas as classes sociais precisam se sentir seguros para pedalar, mas isso exige uma reestruturação do desenho urbano das cidades, com mais ciclofaixas e ciclovias.

"Precisamos de uma infraestrutura adequada, mas eu particularmente penso que além disso o respeito dos motoristas é primordial. Eles precisam ser cobrados, pois muitos condutores cometem infrações e não tem ninguém para aumentar a fiscalização", diz.

Para acompanhar as próximas ações do grupo, basta seguir @pedalamana nas redes sociais. 

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