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Pará terá R$ 750 mil da ONU e Banco do Brasil para fortalecer ações pelas mulheres

O valor será destinado a 43 grupos e pode beneficiar 14 cidades do nordeste do Pará

Tainá Cavalcante
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A Organização das Nações Unidas para Igualdade de Gênero e Empoderamento das Mulheres (ONU Mulheres) e a Fundação Banco do Brasil irão destinar R$ 750 mil ao Movimento de Mulheres do Nordeste Paraense (MMNEPA). A iniciativa faz parte de ações para fortalecer entidades que ajudam mulheres a superar desigualdades e deter o avanço da violência de gênero no Estado. A cada 100 mil mulheres do Brasil, 4,8 são vítimas de feminicidio - e no Pará a situação é pior: dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontam no Pará a taxa de 6,4 casos para cada 100 mil mulheres.

O projeto da ONU Mulheres tem como missão fortalecer o papel da mulher para superar as desigualdades sociais ao redor do globo, promovendo o desenvolvimento humano, integrado, sustentável, buscando a justiça social, emancipação feminina e equidade de gênero através da organização, formação e articulação.

O investimento no Pará será feito por uma parceria firmada entre a ONU Mulheres e a Fundação Banco do Brasil. A meta é apoiar associações que promovem o protagonismo e o combate à violência contra as mulheres no Brasil - e fortalecer o quinto dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, que é o de alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas.

EMPODERAMENTO

A iniciativa paraense, criada em 1993 em Capanema, interior do Estado, será apenas uma das beneficiadas em todo o país. Por meio do investimento ao MMNEPA, 700 mulheres, participantes de 43 grupos distribuídos em 14 cidades (Aurora do Pará, Capanema, Bragança, Irituia, Mãe do Rio, Capitão Poço, Ourém, Nova Timboteua, Santa Luzia do Pará, Santa Maria do Pará, São Domingo do Capim, São Miguel do Guamá, Salinópolis e Tracuateua) do nordeste paraense, serão beneficiadas.

Elas são, em sua maioria, mulheres agricultoras, quilombolas e extrativistas. O apoio financeiro possibilitará a reforma de dez espaços para beneficiamento do mel, a compra de quatro tendas para comercialização de produtos, aquisição de um veículo utilitário, além de capacitações e intercâmbios para serem apresentadas a novas práticas de produção e manejo para o de mel, farinha de milho, produtos agroecológicos e artesanato.

“Costumamos dizer que quando eu pago a conta, eu determino quem senta na minha mesa e isto é o proposito do MMNEPA: acabar com a violência pelo empoderamento social e econômico para nós mulheres vivermos dias melhores”, afirma uma das coordenadoras do movimento, Rita Teixeira.

O convênio será assinado nesta quarta (23), às 10h, em Santa Maria do Pará. Estarão presentes representantes da Fundação BB, da ONU Mulheres, autoridades, entidades parceiras e lideranças locais e regionais.

FEMINICÍDIOS

O Brasil é o quinto país entre os com as maiores taxas de feminicídios no mundo, aponta levantamento da ONU Mulheres, justificando a necessidade e urgência de projetos e iniciativas que apoiem o protagonismo da mulher na sociedade e o combate à violência contra as mulheres no País.

O feminicídio é a perseguição e morte intencial de pessoas do sexo feminino e os dados desse crime são chocantes: a cada 100 mil mulheres do Brasil, 4,8 são vítimas de feminicidio. 

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) também indica, com base em dados de 2015, que o Pará tem uma taxa de 6,4 para cada 100 mil mulheres, ou seja, maior do que a taxa nacional (que já é considerada a quinta maior do mundo). O número coloca a o Estado como o sexto mais violento para as mulheres. 

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