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'Nenhuma mulher é a favor do aborto', responde Fafá de Belém a internauta

Artista destacou risco de morte que mulheres pobres correm por não terem assistência médica

Sérgio Moraes e Thainá Dias
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Sempre lembrada pelo talento, bom-humor e opiniões, a cantora Fafá de Belém comentou mais uma vez sobre um assunto sério na live que participou no portal OLIBERAL.com na última terça-feira (8). A cantora foi questionada por um internauta, que relembrou o entendimento de Fafá sobre a descriminalização do aborto, no programa Conversa com Bial em agosto deste ano. Ela explicou seu posicionamento e contou que precisou lidar com campanhas contrárias a ela depois da entrevista. 

"Nenhuma mulher em sã consciência é a favor do aborto. O que eu entendo é que quem pratica isso ou praticou de forma equivocada porque não tem dinheiro, precisa ter atendimento em postos de saúde. Porque a classe média alta realiza esse ato em hospitais", afirmou. 

A cantora continuou expressando sua angústia em saber que muitas meninas são abusadas sexualmente e tentam de forma perigosa, praticar o aborto. "De preferência que as mulheres possam ter essas crianças, mas que se alguma dificuldade aparecer, é preciso que se tenha um atendimento digno a elas, é isso que eu defendo", explicou.

Confira a partir do minuto 44.

O aborto no Brasil e no mundo

Segundo a Pesquisa Nacional do Aborto, desenvolvida pela Anis – Instituto de Bioética, uma em cada cinco mulheres até os 40 anos já abortaram no Brasil, e, em média, são casadas, já eram mães e declaram ser cristãs. 

O artigo 124 do Código Penal Brasileiro, considera o aborto um crime contra a vida. A pena é de um a três anos caso o procedimento tenha sido provocado pela gestante ou com seu consentimento e de três a dez anos quando induzido por terceiros sem a permissão da gestante.

Apenas em três situações o aborto não é penalizado: estupro, risco de morte para a mãe ou se o feto for diagnosticado com anencefalia, doença causada pela má formação do cérebro do feto durante a gestação.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), quase 20 milhões dos abortos são realizados anualmente de forma insegura. 70 mil mulheres morrem por ano devido a falta de acompanhamento médico. A maior parcela está em países em desenvolvimento.

Dois métodos são considerados seguros pela OMS: aborto com medicamentos e aborto por procedimento médico em unidades de saúde com equipamentos específicos. Entretanto, no Brasil, muitas mulheres usam métodos inseguros, como aqueles com medicamentos sem prescrição, em clínicas ilegais ou sozinhas com agulhas de crochê. 

A OMS conclui que países com leis que proíbem o aborto têm taxas acima daqueles locais onde a prática é legalizada e garante recursos quando necessários, como Uruguai, Estados Unidos e Suécia. Na França, por exemplo, a prática foi legalizada em 1975 e, desde então, o número de abortos só caiu. Segundo estatísticas oficiais, há menos de uma morte por ano no país em consequência da prática do aborto.

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Belém
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