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Motoristas de aplicativo esperam criação do Botão do Pânico e cobram resposta da Segup

Eles dizem que sofrem sete assaltos por dia em Belém e Ananindeua

Dilson Pimentel
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Motoristas de aplicativos aguardam a criação de um sistema, acionado pelo “Botão do Pânico”, para que eles possam comunicar os assaltos ao Centro Integrado de Operações (Ciop), para que este, por sua vez, repasse essas informações imediatamente às viaturas da Polícia Militar. “Ficaram de disponibilizar esse sistema em um mês e já tem quase quatro meses e ainda não foi disponibilizado. E a gente continua à mercê e sofrendo os assaltos diários. São sete assaltos por dia. A gente espera que o mais breve possível seja equacionado esse problema”, disse, nesta quarta-feira (14), o presidente do Sindicato de Motoristas de Aplicativo do Estado do Pará (Sindtapp), Euclides Magno.

Há mais de 800 motoristas sindicalizados e os roubos ocorrem mais em Belém e Ananindeua. Euclides contou que, em 18 de agosto de 2020, o Sindtapp procurou a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup) para pedir ajuda por causa dos assaltos aos motoristas de aplicativo. “E, depois do assalto, quando eles iam na delegacia para fazer a ocorrência, não queriam fazer o boletim de ocorrência e informar, no registro policial, que a vítima era motorista de aplicativo. No BO, constava apenas que tinha ocorrido um furto ou roubo de carro, mas não especificava que a vítima era motorista de aplicativo”, afirmou.

A categoria pediu à Segup que incluísse, na Delegacia Virtual, essa opção (assalto contra motorista de aplicativo), para que ele, após ser assaltado, não tivesse que ir à delegacia e pudesse fazer esse procedimento, pelo celular, da casa dele, por exemplo. “E também pedimos que a ronda ostensiva (feita pela Polícia Militar) pudesse fiscalizar os passageiros em área de risco. Parasse o carro e abordasse quem estivesse dentro do veículo. Mas isso não foi atendido”, afirmou Euclides.

 

Depois da morte de motorista de aplicativo, Segup se reuniu com sindicato da categoria

Ele lembrou que, em abril deste ano, “a polícia matou um motorista que foi  feito refém dentro do porta-malas do próprio carro. A Polícia trocou tiros com os bandidos e acabou executando o motorista”, contou. A vítima é o motorista João Batista Santos, baleado no bairro do Guamá. Outras duas pessoas também foram mortas. “Foi aí que a Segup entrou em contato conosco, talvez com receio de uma manifestação pública, nos chamou e disse que tinha a solução para o problema. E informou que tinha especificado, na Delegacia Virtual, o tópico “Furto ou roubo a transporte por aplicativo” e que disponibilizaria um aplicativo que seria integrado ao Ciop e à Segup para que, em qualquer ocorrência, fosse acionando o ‘Botão do Pânico’ e chegasse até ao Ciop e à Segup, para que fosse direcionada a ronda ostensiva, para que pudesse ser feito o procedimento em tempo real”, contou. Mas, passados quase quatro meses, esse sistema ainda não foi disponibilizado para os motoristas de aplicativo, acrescentou.

Euclides Magno disse que os assaltos ocorrem geralmente em Belém e Ananindeua. Mas às vezes, Benevides também. “As áreas de risco são inúmeras. A gente não quer também fazer com que essas áreas sejam rotuladas de alta periculosidade. Mas Bengui, Terra Firme, Jurunas e Guamá são as áreas em que mais ocorrem esse tipo de ação”, afirmou. A Redação Integrada pediu um posicionamento da Segup, de quem, agora, aguarda retorno.

 

Dispositivo virtual está em fase de finalização, diz Segup

A Segup informou que está em fase de finalização e início dos testes do dispositivo virtual que será utilizado por meio do aplicativo de transporte para acionamento do sistema de segurança pública, em tempo real, através do Centro Integrado de Operações (CIOp 190) para rastreamento e videomonitoramento do veículo em caso de emergência. A Segup acrescentou que a elaboração é feita junto às empresas de rastreamento vinculadas ao sindicato dos motoristas de aplicativos. "Além da ferramenta, com a ação Polícia Mais Forte, policiais militares estão ainda mais presentes nas vias públicas a fim de evitar qualquer ação de violência e, quando detectado alguma atitude criminosa, agir com prontidão", afirmou a Segup.

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