Mostra no Emílio Goeldi apresenta legado do povo indígena Zo´é

Exposição também chama a atenção para as ameaças ao modo de existência dos indígenas

Eduardo Rocha
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O legado de viver e preservar o meio ambiente em plena Amazônia por parte do povo indígena Zo'é Rekoha, na região de Óbidos, oeste do Pará, pode ser conferido pelo público na exposição "Zo'é rekoha: construindo o futuro na Terra Indígena Zo'é", aberta para visitação até abril de 2020 no Pavilhão Expositivo do Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), em Belém. A mostra marca o lançamento do Plano de Gestão Territorial e Ambiental (PGTA) que define as diretrizes para defender a integridade da Terra Indígena Zo'é.

Ao longo dos últimos anos, ameaças se aproximaram dos limites da terra demarcada e invasões começaram a ocorrer. É nesse contexto que os Zo'é, assim como outros povos indígenas que vivem na Amazônia, iniciaram um processo de discussão e elaboração de um Plano de Gestão Territorial e Ambiental, em que explicam suas prioridades para o futuro. "O PGT é um instrumento real de proteção do território", destacou o cacique Siarã, ao participar da programação no Museu Goeldi.

Com curadoria da antropóloga e pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP), Dominique Tilkin Gallois, a exposição inicia com as atividades realizadas na floresta, com destaque para a caça e pesca, e segue para as aldeias, onde os Zo'é se reúnem para realizar suas festas, produção de alimentos e elaboração de seus adornos corporais. O percurso termina com a apresentação da experiência de construção do PGTA, por meio do qual os Zo'é buscam consolidar parcerias para a defesa de seu território.

Os Zo'é têm terra demarcada desde 1998, e o PGTA é uma etapa na defesa do território. "Agora, certas frentes de exploração comercial tem-se aproximado das terras, na coleta da campanha, que é o valor central da vida Zo'é", afirmou Dominique Gallois. De acordo com Leonardo Braga, assessor da ONG Instituto de Pesquisa e Formação Indígena (Iepé), que participou do elaboração do plano, juntamente à Funai, esse documento foi construído em três anos e meio, como política do Estado Brasileiro para proteção da terra do povo indígena, abrangendo diretrizes elaboradas pelos indígenas, como estratégia de vigilância da terra, com 670 mil hectares.

 

 

 

 

 

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