Missa de 7º dia de sambista do Rancho reúne centenas na Escola

Centenas de pessoas se reuniram, na noite desta terça-feira (22), na quadra da Escola de Samba Rancho Não Posso Me Amofiná, para rezar um "Pai Nosso" em homenagem a Félix Carlos Lopes, assassinado no dia 16 passado, aos 50 anos de idade. Ele tinha 30 anos de Rancho e atuava, há dois, como vice-presidente da agremiação.

"Eu não perdi o vice-presidente da escola, eu perdi um irmão. Eu falava com ele o dia todo todos dias. A gente decidia junto, mas era ele quem operacionalizava tudo", afirmou o presidente do Rancho, Fernando Guga. 

Como antecipou Guga, o Rancho prestará uma homenagem a Félix no desfile oficial de Carnaval deste ano, marcado para o dia 23 de fevereiro. O Rancho é a quarta escola mais antiga do Brasil. A agremiação completará 85 anos no dia 31 deste mês.

"As escolas de samba estão irmanadas e pedem justiça", afirmou Marcos Fonteles, presidente da AG da "Quem São Eles". O cantor Nilson Chaves afirmou que "toda morte com o símbolo da violência é muito triste; esse é um momento para a gente valorizar mais a vida e a não violência que é muito forte no mundo", complementou.

O compositor Pedrinho Callado destacou que "o carnaval, o rancho, a quadra junina (Félix organizou grupo junino no Jurunas), todos perdemos com a morte dele como produtor cultural". O professor universitário Miguel Santa Brígida disse "Félix foi um grande produtor da cultura popular de Belém; perdemos muito".