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Memorial dos povos originários da Amazônia é inaugurado em Belém

O memorial 'Verônica Tembé' é o primeiro espaço dedicado exclusivamente à promoção, valorização e difusão da cultura material e imaterial dos povos indígenas no Pará

João Thiago Dias / Com informações da Agência Pará
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Foi inaugurado na manhã desta segunda-feira (11), em Belém, o primeiro espaço dedicado exclusivamente à promoção, valorização e difusão da cultura material e imaterial dos povos indígenas no Pará: Memorial Verônica Tembé, que está localizado na área da antiga Casa da Mata, no Parque Estadual do Utinga Camillo Vianna. Dentre as presenças na solenidade de inauguração: o governador do Pará, Helder Barbalho; o vice-governador, Lúcio Vale; a Secretária de Estado de Cultura, Ursula Vidal, dentre outras autoridades.

A Casa da Mata foi projetada em 1994 pelo arquiteto Milton Monte. Com a requalificação, o nome do espaço se torna uma homenagem à Verônica Tembé - Hai Rong Tuihaw, primeira cacica dentre os Tembé-Tenetehara, que atuou como notável articuladora política e rendeu-lhe o reconhecimento como uma das mais importantes lideranças indígenas da Amazônia paraense, contribuindo diretamente para a consolidação de outras lideranças femininas.

Nascida na aldeia do Cocal, região do Gurupi, em 1917, foi responsável por reunir os Tembés, então dispersos pela região, em torno de um novo assentamento, a aldeia Teko Haw, a partir da qual atuou de maneira incansável pela preservação da identidade Tenetehara. Grande conhecedora da medicina tradicional e da história deste povo, durante décadas foi responsável pela organização das festas e pelo aprendizado dos mais jovens, ensinando a cosmologia e a língua. A militância foi essencial para a homologação da Terra Indígena do Alto Rio Guamá (TIARG), em 1993.

Primeira mostra

Como primeira mostra, o espaço apresenta peças pertencentes ao acervo do antigo “Centro de Valorização do Saber Indígena, Museu do Índio” – que existiu em Santarém -, atualmente sob a salvaguarda do Sistema Integrado de Museus. A coleção, hoje constituída de mais de 1800 itens, foi catalogada e vem sendo restaurada pelo Sistema Integrado de Museus e Memoriais (SIMM) do Pará. Nas oito vitrines do memorial, 168 objetos refletem os hábitos, costumes e saberes de diversas etnias que residem na região amazônica.

De acordo com o diretor do SIMM e curador da exposição, Armando Sobral, o Memorial é um espaço voltado para a difusão e fortalecimento da cultura indígena do estado do Pará e da Amazônia, de maneira geral. "São 168 itens de um acervo de 1700 peças que constituem o acervo do índio, que hoje está sob a guarda do sistema integrado de museus. E como projeto, ele é um projeto pioneiro e que vem a ser um trabalho que se pretende difundir pelo estado como uma política também de salvaguarda e de fortalecimento da cultura indígena aqui no estado do Pará”, explicou.

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Belém
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