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Dono de faculdade do Pará é assassinado a tiros quando deixava o trabalho

Amintas José Pinheiro também é marido da deputada estadual Professora Nilse Pinheiro. Polícia afirma ter encontrado uma 'quantia volumosa em dinheiro', que não foi levada pelos criminosos.

Byanka Arruda

O professor Amintas José Quingosta Pinheiro, de 62 anos, foi assassinado a tiros no fim da noite de quarta-feira (5). O educador era dono da Escola Superior Madre Celeste (Esmac) e marido da deputada estadual Professora Nilse Pinheiro (PRB-PA). Amintas foi abordado por dois homens em uma motocicleta, na Avenida Centenário, perto do Conjunto Catalina, bairro do Mangueirão, em Belém.

O empresário havia acabado de deixar a Esmac e retornava para casa. Ele dirigia uma caminhonete preta e foi interceptado pelos criminosos em um semáforo, no sentido Ananindeua-Belém. Os atiradores emparelharam a moto ao lado do veículo da vítima e começaram a atirar. Um dos criminosos quebrou o vidro do carro usando o cabo da arma de fogo para continuar a efetuar os disparos.

Amintas ainda conseguiu dirigir por cerca de 100 metros antes de parar, desfalecido. Ele ainda chegou a ser socorrido e levado para um hospital particular de Belém, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no início da madrugada desta quinta-feira (6). Os atiradores fugiram e não foram identificados até a publicação desta reportagem.

De acordo com a polícia, nenhum pertence pessoal foi levado da vítima. E no Boletim de Ocorrência consta que foi encontrado uma "quantia volumosa de dinheiro", cujo valor não foi confimado.

INVESTIGAÇÃO

A Polícia Civil informou que investiga a morte do empresário e realiza diligências desde o momento da ocorrência para apurar o caso, porém, até a publicação desta reportagem, ninguém foi preso.

De acordo com amigos da vítima, Amintas nunca recebeu ameaças de morte e não possuía inimizades. Precisamente por isso, asseguraram os amigos, o professor jamais se preocupou em andar com seguranças ou carro blindado.

VELÓRIO

Durante o velório, familiares, amigos, estudantes e professores da Esmac chegaram no final da manhã para prestar as últimas homenagens ao educador. Funcionários e alunos da instituição de ensino, muito emocionados, compareceram ao velório do professor uniformizados com a vestimenta da Esmac.

A família aguarda a chegada da filha mais nova do professor, que estava em Portugal quando soube do assassinato do pai. A esposa do professor, Nilse Pinheiro, também estava fora da capital paraense quando foi informada do crime. Ela estava participando de uma audiência pública em Marabá, no sudeste do Pará, representando a Alepa no Conselho Estadual de Educação, quando soube do atentando contra o marido. A deputada chegou ao velório muito abalada e precisou ser medicada.

O corpo do educador será cremado esta semana em um cemitério particular de Marituba, na região metropolitana de Belém. O docente deixou três filhos, quatro netos e esposa. Ele era um dos fundadores do Grupo Madre Celeste, criado há 37 anos. O Grupo é formado por quatro escola e uma faculdade. Além disso, o educador mantinha dois projetos sociais educacionais gratuitos em parceira com a esposa. Amintas e Nilse Pinheiro eram casados há 38 anos.

PESAR

Instituições de ensino, como a Faci Wyden, entidades como Fundação de Atendimento Socioeducativo do Estado do Pará (FASEPA), além de autoridades políticas como o governador do estado do Pará Hélder Barbalho e o vice-governador Lúcio Vale enviaram homenagens ao educador.

Em nota, a Esmac manifestou tristeza pelo assassinato do educador.

É com grande pesar que a Sociedade Civil Integrada Madre Celeste comunica à comunidade acadêmica o falecimento de seu mantenedor, Professor Amintas José Quingosta Pinheiro. A sua partida repentina nos pegou de surpresa. Neste momento de dor e consternação, só nos cabe elevar nossos pensamentos a Deus, pedindo que Ele dê paz ao Professor Amintas. À família enlutada rogamos a Deus e a Nossa Senhora que lhes conceda o conforto aos corações e resiliência para enfrentar esta imensurável perda e dor com serenidade e resignação. O sentimento de pesar compartilhado pelo Grupo de Gestores Madre Celeste, neste momento, é acompanhado de absoluta indignação e inconformismo pelos fatos que acarretaram o falecimento do Mantenedor, pilar desta Instituição. Agradecemos imensamente o tempo que pudemos conviver com o Professor Amintas Pinheiro, que será sempre lembrado como um exemplo de superação e como o expoente que foi na área da educação, dirigindo o Grupo de Ensino com sua forma peculiar de profissionalismo, honestidade, lealdade, inteligência, competência e firmeza para lidar com as adversidades e conflitos humanos.

A instituição de ensino superior decretou luto institucional por três dias e suspendeu as atividades até a próxima segunda-feira (10).

A Assembléia Legislativa do Estado do Pará (ALEPA) também decretou luto oficial e prestou solidariedade à família do educador.

Neste momento, cada parlamentar que compõe a Assembleia Legislativa do Estado do Pará manifesta sua solidariedade a deputada, bem como a família, rogando por energias e pensamentos de conforto neste momento de profunda tristeza, dor e consternação. Decretamos dois dias de luto oficial pelo falecimento do professor referido, demonstrando o sentimento de pesar do povo paraense.

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