Grito dos Excluídos faz ato abrindo programação que se adequará à pandemia

Manifestação no calçadão da Basílica de Nazaré respeita o distanciamento e uso de máscaras contra a covid-19

Victor Furtado e Thiago Gomes
fonte

Integrantes do movimento que organiza a edição deste ano do Grito dos Excluídos lançaram a programação com um ato simbólico, realizado na manhã desta terça-feira (7). Representantes de entidades, movimentos, pastorais e ativistas se reúnem às 8h, no calçadão da Basílica de Nazaré. A manifestação respeita o distanciamento social e a obrigatoriedade do uso de máscaras durante a pandemia da covid-19. Veja:

Com o lema "Basta de miséria, preconceito e repressão. Queremos trabalho, terra, teto e participação", o ato defendeu o Sistema Único de Saúde (SUS), em homenagem a trabalhadoras e trabalhadores da saúde e de outras atividades. E ainda personalidades como Padre Bruno Sechi, vitimado pelo novo coronavirus.

"A saúde pública deve ser garantida e implementada por todos os governos", avaliou Padre Paulinho, da Comissão Pastoral da Terra no Pará (CPT). Ele fez uma avaliação do ato e da situação de populações menos favorecidas no enfrentamento à covid-19. Ouça:

Pandemia mudou ação


"Vivemos um momento de necessidade de isolamento, mas o mesmo governo que dita essas regras sabota essas necessidades, vide a desorganização do Ministério da Saúde. A única prioridade hoje é o lucro, que é apenas uma parte da economia. As pessoas precisam ter necessidades básicas e qualidade de vida protegidas", pontuou Jorge André, coordenador do Comitê Popular Urbano. Ele também comentou as mudanças nas ações do Grito dos Excluídos. Ouça:

A vigésima edição do Grito dos Excluídos faz o movimento inaugurar um novo modo de atuação, por parte dos organismos sociais que o realizarão, em plena pandemia. "Além de eventos online e encontros virtuais, a iniciativa vai apoiar frentes de lutas por direitos e denúncias contra opressões e as causas das diversas formas de exclusão que afligem principalmente a população mais carente", diz a organização.

image Cruzes de madeira, contra injustiças e pela pandemia, marcaram manhã (Thiago Gomes / O LIberal)

O chamado "Dia D do Grito" será sempre todo dia 7 de cada mês. A data é lembrada porque, anualmente, o 7 de setembro marca a manifestação que ganha as ruas, desde o surgimento, há 20 anos, como contraponto à comemoração do Dia da Independência do Brasil.

"Para participantes do Grito, ainda é necessário lutar por direitos sociais, combater o fascismo e o autoritarismo, exigir políticas públicas que elevem o Brasil a uma condição de equidade e deem fim a toda forma de exploração, racismo, machismo, devastação ambiental e exclusão", diz a organização.

No ato Dia D do Grito dos Excluídos 2020 deste mês de julho, foram ao Calçadão da Basílica Santuário, em Nazaré, representantes do Comitê Popular Urbano João de Deus, da Federação Estadual de Entidades Comunitárias do Pará (Conam) e Comissão Pastoral da Terra no Pará (CPT).

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Belém
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