Governo do Estado fará cadastro biométrico de 19,2 mil presos no Pará

Em visita a Americano, Helder disse que medida é "estratégico" para ter controle dos presos

Dilson Pimentel
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O governo do Estado anunciou que iniciará hoje o cadastro de biometria para todos os 19.224 presos do sistema penitenciário paraense. O anúncio foi feito ao final desta manhã, durante a visita do governador Helder Barbalho ao complexo penitenciário de Americano, em Santa Izabel.

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“Até então não havia controle. O chamamento era oral”, disse o governador justificando a medida. “Isso é estratégico e importante para ter controle do preso”, afirmou. Conforme confirmou Jarbas Vasconcelos, que está à frente da Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará (Susipe), a capacidade do sistema penal paraense é para 9.970. Ou seja: as cadeias do Pará têm quase 10 mil presos a mais.

OPERAÇÃO OPUS

A Susipe está realizando neste momento a "Operação Opus", em presídios localizados nos municípios de Santa Izabel e Marituba, na Região Metropolitana de Belém. Mais de sete mil internos dessas unidades prisionais recebem ações de assistência jurídica e de saúde à população carcerária.

Esperado desde as 9h, o governador Helder Barbalho chegou ao complexo penitenciário às 11h:55. Ele visitou as salas onde os presos estão recebendo atendimento de saúde e conheceu as instalações da Unidade Básica de Saúde do Complexo Penitenciário de Santa Izabel - que está concentrando os atendimentos de saúde.

AÇÕES

Nos três dias da operação, que se estenderá até o dia 17, as ações de saúde vão ocorrer em todas as seis unidades localizadas nos dois municípios. Já a assistência jurídica será para os presos dos centros de recuperação penitenciária II e III (CRPP II e CRPP III), localizados no município de Santa Izabel, e nos três presídios estaduais localizados em Marituba.

Essa é a primeira de uma série de operações que serão realizadas para atender a população carcerária do Pará, inclusive aquelas localizadas em cidades no interior do Estado. Para tornar possível uma operação, a Susipe buscou parcerias com outros órgãos públicos e da sociedade civil. As ações de saúde terão o apoio de equipamentos e profissionais disponibilizados pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) e pelo Corpo de Bombeiros Militar.

Serão serviços de atendimentos clínico, oftalmológico, odontológico, testes rápidos de HIV, sífilis e hepatites B e C e tuberculose. Também serão emitidos cartão do SUS e carteiras de identidade aos presos e seus familiares.

APOIO

Por conta da alta demanda em assistência jurídica, a Susipe buscou apoio da Associação Brasileira de Advogados Criminalistas (Abracrim/Pará) e de universidades particulares, como a Unama, Fibra e Uninassau, e outros órgãos públicos, entre os quais a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), Tribunal de Contas do Estado (TCE) e Conselho de Política Criminal e Penitenciário. Cerca de 30 advogados já se inscreveram como voluntários, além de 20 estagiários de cursos de Direito.

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