Funcionários de hospital de Belém protestam e bloqueiam rua

Eles denunciam o não pagamento de direitos trabalhistas e pedem melhores condições de trabalho

Victor Furtado
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Trabalhadores da saúde do hospital Beneficente Portuguesa fizeram uma manifestação para cobrar melhor remuneração, melhores condições de trabalho e respeito. A categoria é composta por enfermeiros, técnicos de enfermagem, maqueiros, serviços gerais e outros profissionais de apoio. Durante o ato, que interditou parte da rua João Balbi, no bairro Nazaré, os funcionários diziam estar esgotados. O protesto seguiu até perto de 12h desta segunda-feira (3).

A pauta dos trabalhadores era extensa. E muitos nem queriam se identificar à reportagem por medo de retaliações. Reclamavam salários e férias estavam atrasados; que estavam sem adicional noturno; com alimentação irregular e de baixa qualidade; com descontos abusivos nos salários; falta de pagamento de benefícios de insalubridade; sobrecarga de trabalho pela dificuldade do hospital de contratar pessoas pela baixa remuneração oferecida; grávidas e outros grupos de risco sem dispensa; e faltas para quem apresenta atestado médico.

Francinaldo Oliveira, advogado e representante jurídico do hospital, disse que a instituição vê com surpresa a manifestação de um grupo de pessoas que não chega a 10% dos mais de 1,2 mil trabalhadores. O direito de que se manifestem foi reconhecido, porém, criticado, já que havia, na tarde desta segunda-feira (3), uma reunião com o sindicato da categoria. Ele garantiu que nenhum dos questionamentos tinha fundamento.

"Teremos essa reunião com o sindicato. Mas por exemplo, pedir adicional noturno nas jornadas 12 por 36 ou 24 por 48 não é nem previsto na CLT. Não há salários atrasados e a folha de abril foi paga normalmente no dia 30, com todos com seus salários no dia 1º de maio, Dia do Trabalhador. Nossa alimentação é de alta qualidade e os funcionários têm um refeitório confortável. Quanto à sobrecarga de trabalho, isso é uma realidade do mundo, devido à pandemia. Todos os hospitais estão lotados e nós aqui estamos em 100% da nossa capacidade. É compreensível que o trabalho aumente", declarou Francinaldo.

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