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Feirantes do Ver-o-Peso temem queda nas vendas

Feirantes estão preocupados com efeitos do coronavírus

Redação Integrada

Feirantes do Complexo do Ver-o-Peso, um dos principais cartões-postais de Belém, estão na expectativa sobre os desdobramentos dos casos de coronavírus. O receio deles é  que o agravamento da doença possa afetar as vendas na feira, por onde milhares de pessoas circulam diariamente. Ulisses Silva, 37 anos, vende peixe frito com açaí na feira. “Por enquanto, estamos na expectativa meio ansiosa aqui no Ver-o-Peso. Estamos preocupados. Foi na China, Itália, Estados Unidos. Tudo é frio. Aqui, não. É quente. A nossa expectativa é de ele (o vírus) não sobreviver aqui por causa da quentura. Mas ninguém sabe”, disse o trabalhador, conhecido como “Loro”. Ele contou que, em sua rotina, já começou a adotar cuidados. “Vou pra casa e nada de sair. Não deixo meu filho sair mais, por causa do sereno, pois fica mais friozinho à noite. Me tranco dentro de casa e ligo a central de ar. Limpeza total e álcool gel, que, aliás, está em falta”, contou.

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Loro se preocupa com uma possível queda nas vendas, caso os números da doença avancem. “Eu tenho bastante funcionários. E, se isso ocorrer, vai afetar bastante. A gente tem que se cuidar e se guardar”, aconselha. Sobre medidas de prevenção, ele afirmou não esperar nada da Prefeitura. Por isso, os feirantes, disse, têm que cuidar de sua proteção, comprando, por exemplo, álcool gel. “Comprar um litrão de álcool gel e dar para os fregueses. Lavar bastante as mãos com sabão líquido, direitinho. Ensinar os feirantes a lavar as mãos direito, entre os dedos, bem lavadinho”, completou ele, que diz ter sido “nascido e se criado no Ver-o-Peso”.

O empresário Gilberto Antônio da Silva, 51 anos, almoçava peixe frito com açaí nessa banca. “Estou lavando bem as mãos, que é o principal. E pedindo a Deus para passar por esse momento, né?”, contou. “Cremos que, logo, logo, tudo vai voltar ao normal”, afirmou. Há sete anos frequentando o Ver-o-Peso, ele contou que está evitando apertos de mão e abraços. E tentando manter uma distância da pessoa com quem esta conversando.

O feirante Waldeci Freitas Rodrigues revelou ter álcool gel em sua barraca. É que ele lida diretamente com muitas pessoas e, também, manuseia dinheiro. Waldeci tem 32 anos e trabalha há 10 no mercado. “A gente está preocupado realmente. Pode afetar os nossos fregueses. Até a gente está correndo risco”, afirmou.

Vendendo banana, maracujá e goiaba, ele também se preocupa com o abastecimento na Ceasa, onde ele e os demais feirantes compram os produtos que abastecem suas barracas. “Como está parando tudo, pode parar o transporte. Quase todas as frutas vem da Ceasa. Parando eles, para a gente também”, disse. Por enquanto, Waldeci afirmou não ter havido mudança no comportamento dos clientes da feira. Ele também disse que é importante que cada feirante cuide de si. “Estou sempre lavando as mãos com sabão, álcool gel”, afirmou, enquanto passava álcool em suas mãos. “A gente pega no dinheiro, pega na comida. Tem que se cuidar”, disse o feirante, que chega à feira às 4 horas da manhã e fica até por volta das 18 horas, dependendo do movimento.

NOTA

A Secon enviou ontem à noite a seguinte nota à redação do Grupo Liberal: “A Secretaria Municipal de Economia (Secon) informa que a primeira medida de segurança é evitar eventos com grandes aglomerações no Ver- -o-Peso, o que inclui, também, os festejos de 393 anos do Complexo. Quanto Pas demais orientações sobre o combate ao coronavírus, a Secon informa que está em tratativas com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), para que os agentes do órgão realizem visitas educativas no local”

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