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Feirantes de Belém buscam alternativas para enfrentar pandemia

E prefeitura orienta esses trabalhadores a acessar o auxílio emergencial do Estado

Dilson Pimentel
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Entregar as mercadorias nas casas dos clientes foi a saída encontrada por feirantes, em Belém, para diminuir os impactos causados pela pandemia. É que, para conter a disseminação do novo coronavírus, as autoridades colocaram em prática medidas mais restritivas na capital, o que afetou a rotina de trabalhadores e de consumidores. Essa alternativa foi adotada, por exemplo, pelos trabalhadores da feira da Pedreira, uma das mais movimentadas da cidade.

Mauri Ferreira, 45, tem 18 anos de profissão. “Em parte, a pandemia afetou um pouco as vendas. Não totalmente, porque é alimentação. Se não tiver alimentação, a população não vive. Né, mano?”, disse ele, que é dono da barraca “JM”, que vende frutas e verduras. A estratégia adotada por ele foi o delivery.

“Distribuímos cartões para os fregueses. Para clientes e não clientes. E fazíamos entregas diretamente nas casas, para as pessoas não saírem para rua e não ficar muito aglomerado e não atrapalhar o nosso lado”, afirmou. “Quanto mais aglomerado ficasse na rua, pior ficava pra gente, que tinha que fechar mais cedo, tinha que diminuir a nossa carga horária. A gente perdia muita mercadoria”, acrescentou.

“Distribuímos cartões para os fregueses. Para clientes e não clientes. E fazíamos entregas diretamente nas casas, para as pessoas não saírem para rua e não ficar muito aglomerado. “Quanto mais aglomerado ficasse na rua, pior ficava pra gente, que tinha que fechar mais cedo, tinha que diminuir a nossa carga horária. A gente perdia muita mercadoria”, conta Mauri Ferreira

Entregar em casa evita aglomeração, diz feirante


“E, entregando em casa, não vinha muita gente. Os clientes recebiam em casa a mercadoria todinha”, disse. Pela natureza da profissão, os feirantes sempre tiveram contato direto com os consumidores. “Uso máscara, álcool em gel a todo momento, lavo as mãos toda hora. Tem que se proteger dessa forma, pois o vírus está no ar. Muita gente nem usa. E fica ‘avacalhado’. Acha que eliminaram o vírus, mas o vírus tá no ar. A gente não para de usar aqui, para nos proteger e proteger o cliente que está comprando na nossa mão”, afirmou Mauri. “Quando vem marido e mulher, um compra e o outro fica longe da banca, para não ter aglomeração nas bancas, senão prejudica a gente também”, observou.

image Com alternativas e jogo de cintura, comerciantes vão enfrentando a pandemia (Thiago Gomes)

Rutinilda Paixão, 40 anos, trabalha na mesma feira. A mãe dela é dona de uma banca de venda de goma, farinha, ovos, coco ralado e macaxeira ralada. É “Box das Meninas”. “Não afetou diretamente. Mas tiveram algumas restrições e nós cumprimos. Mas continuamos vendendo. E, depois, ficou melhor ainda”, disse. “Diminuiu um pouco o movimento, mas achei que ficou bom, respeitando as restrições. A gente teve que inovar, fazer delivery. E continuamos com delivery. Eu, particularmente, gosto de lidar com público”, contou.

“Ultimamente, não tem muito contato pessoal. E é até bom não ter. De três em três horas, estou trocando a máscara”, contou. “As pessoas estão respeitando, se distanciam um pouco mais, as pessoas estão conscientes disso. Se afastam um pouco e a gente também. A gente quer está lá próximo, mas não pode”, contou Rutinilda.

“Diminuiu um pouco o movimento, mas achei que ficou bom, respeitando as restrições. A gente teve que inovar, fazer delivery. E continuamos com delivery. Eu gosto de lidar com público. Mas ultimamente, não tem muito contato pessoal. E é até bom não ter”, avalia Rutinilda Paixão

Secon realiza fiscalização diária nas feiras


A Secretaria Municipal de Economia (Secon) informou que o Departamento de Feiras, Mercados e Portos (DFMP) realiza, diariamente, serviços de fiscalização e orientação em feiras da capital, para o cumprimento da Portaria nº03/2021/Secon, que dispõe sobre os protocolos de prevenção ao contágio e disseminação do novo coronavírus.

Para amenizar as perdas financeiras dos trabalhadores informais, ocasionadas pela pandemia, a Prefeitura de Belém afirmou que suspendeu, por pelo menos três meses, o pagamento do preço público (que é uma taxa) para comercializar nas vias públicas e feiras livres da capital. “Além disso, também tem orientado os permissionários cadastrados no órgão a acessar o auxílio emergencial do Governo do Estado”, informou.

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