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Feira da praça da República é retomada com metade dos artesãos

Este fim de semana as atividades voltaram à agenda dos domingos da capital, após suspensão em março

Redação integrada de O Liberal
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Um dos programas de final de semana mais tradicionais da cidade, a Feira de Artesanato da Praça da República retornou com as atividades neste domingo (19) com metade dos artesãos na calçada. A reabertura da feira integra a quinta fase da liberação de atividades econômicas na capital,  determinada por decreto municipal e que segue um protocolo sanitário específico para o combate à proliferação da covid-19.

As atividades da feira foram suspensas após determinação da Prefeitura de Belém, em 22 de março. De acordo com o novo decreto municipal nº 96.767, de 17 de julho, o horário de funcionamento estabelecido é de 8h às 14h. Apenas 50% dos 496 trabalhadores, entre artesãos e demais permissionários, podem armar suas barracas  a cada domingo. O Comitê de Segurança Municipal, por meio da Ordem Pública e Secretaria Municipal de Economia (Secon), fiscalizou durante o primeiro dia o uso obrigatório de máscaras, o distanciamento de dois metros entre as barracas e a disponibilidade de álcool em gel para clientes, além de outras medidas. 

Durante a fiscalização  agentes do comitê também explicavam aos trabalhadores que os produtos artesanais, peças de vestuário, acessórios e calçados disponíveis para venda devem estar embalados, sem que o público possa  manuseá-los. O mesmo vale para  brinquedos em tela e produtos industrializados.

Neste momento ainda está vetado o serviço de aluguéis de brinquedos infláveis, piscinas de bolinhas, bicicletas, triciclos, quadriciclos, carrinhos elétricos, trenzinho e cama elástica.  

Dos 248 trabalhadores autorizados, menos de 100 retornaram à praça. Como destacou Rosivaldo Batista, titular da Secon, a Feira de Artesanato faz parte do mercado informal do município, que atualmente corresponde a 230 mil trabalhadores. “Daí a importância, para as famílias, da retomada das atividades na Praça da República, assim como no Portal da Amazônia”. Ele ressalta que o êxito nessa retomada gradual da economia depende do cumprimento dos protocolos sanitários específicos de cada segmento.

image Fiscalização aferiu cumprimento de regras do retorno (Agência Belém / Comus)

Quatro meses à espera


Na Praça da República atuam a Associação de Artesãos e Expositores do Pará e Amazônia (Arteplam) e a Associação de Trabalhadores Informais do Centro Histórico de Belém (Aticehb). Para muitos trabalhadores que têm como fonte de renda principal a feira, o retorno já está garantindo boas vendas como conta Juneval Ferreira de Souza, de 58 anos, que há 25 anos trabalha no espaço. “Foi muito difícil ficar quatro meses parado, porque trabalho com sementes que precisam estar em local arejado. Mas agora vamos começar a recuperar. Já fiz algumas vendas”.

José João dos Santos Neto, que há 29 anos trabalha com artesanato em vidro. “A expectativa para voltar com a comercialização das nossas peças era muito grande. No período que ficamos parados continuei produzindo as peças que trouxe hoje. Aos poucos estou vendendo as peças. A gente tem que ter fé em Deus que vamos superar essa pandemia. Basta seguir as recomendações que vamos superar”, afirmou.

Muitas pessoas aproveitaram o dia tanto para passear com a família ou pet, quanto para comprar uma lembrança. A funcionária pública Márcia do Socorro Lima,53, estava com o marido Osnir Porto, 65, aposentado carioca. “Foram mais de cem dias em casa e hoje aproveitei para sair um pouco. Comprei uma lembrança para os parentes do Rio”, disse Márcia. “Sempre que tem alguma atividade cultural na praça venho apreciar. Gosto de conhecer coisas diferentes como os artesanatos de miriti, resina, jarina. E agora estamos nos readaptando com essas novas regras”, completou Osnir.

Marco Antônio de Araújo, diretor do Departamento de Comércio e Publicidade em Vias Públicas (DCPV), da Secon avaliou que a retomada foi tranquila. “Hoje o movimento foi tranquilo e dentro da normalidade. Ainda tivemos que orientar poucas pessoas sobre o uso correto das máscaras e o distanciamento entre os clientes das barracas”.

A exibição cinematográfica na modalidade drive-in também está liberada, limitando a 50% o número de carros conforme capacidade do estacionamento com distanciamento de dois metros entre os veículos, emissão de bilhete com leitor de código de barras ou QR-CODE, e o uso de equipamentos individuais de proteção, além de outras recomendações previstas no documento (com informações da Agência Belém).

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