Família do bebê que foi sequestrado também enfrenta o desemprego

Pai e mãe do pequeno Luiz Carlos estão sem emprego. Já com o filho de volta à família, em segurança, esse volta a ser o desafio e drama social dos dois

Victor Furtado
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O bebê Luiz Carlos, que completa 48 horas de vida na quarta-feira (24), já está em segurança com a família. Camila Rodrigues e José Luiz Rocha, os pais, passaram por horas de desespero até que soubessem que esse pesadelo real, iniciado na madrugada de terça-feira (23), estava chegando ao fim. Com o neném a salvo, agora voltam a enfrentar outro drama, que já havia começado bem antes do parto: a família está desempregada.

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O desemprego é um problema que segue afetando, no mínimo, 12% dos brasileiros, como apontou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em abril deste ano. Pesquisa do Itaú sugere uma realidade pior: ao menos 16% da população estaria desempregada. Pelos dados da Caixa, 64,1 milhões de brasileiros estão dependendo do auxílio emergencial, de R$ 600, do Governo Federal, por estarem sem condições de trabalhar em meio à pandemia.

José e Camila já tinham outro filho, agora com três anos. Antes do final da gestação de Carlinhos, já não estavam mais juntos como casal. A família mora espalhada entre os municípios de Benevides e Santa Izabel do Pará. Ela não tem uma profissão fixa e estava inativa. "Ela sobrevive com os auxílios, como Bolsa Família. Só que como não temos mais intimidade, não sei quais outros meios de renda ela tem", disse o pai do bebê.

Ele é operário da construção civil, um dos muitos setores que tiveram paralisação em quase todas as atividades permitidas, desde que a pandemia de covid-19 — a doença causada pelo atual coronavírus sars-cov-2 — se instalou no Brasil e chegou ao Pará (em 18 de março).

O pai do neném, que deixou várias pessoas aflitas por ter sido vítima de um sequestro, dentro de uma maternidade de referência, está sem perspectivas de trabalhar também. E essa será uma das muitas famílias que vai contar com a solidariedade de quem ainda está tendo remuneração para se manter.

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