Estudo de universidade paraense e mineira comprova eficácia da priprioca contra inflamações

Pesquisa feita pela UFOPA e UFMG é pioneira e durou dois anos de análises

Redação Integrada

A cura que pode estar na natureza. Estudo comprova que o óleo da priprioca, óleo essencial da espécie Cyperus articulatus L. (OECA), uma erva natural da Amazônia, possui atividade anti-inflamatória. De acordo com a pesquisa realizada pela Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o produto já vinha sendo utilizado há anos como medicina tradicional para curar diversas doenças, como malária e enxaqueca, mas só agora sua eficácia foi comprovada. 

O trabalho é pioneiro na Amazônia e foi realizado durante dois anos pela farmacêutica mestra Jorlana Catrine Corrêa, com coordenação da professora dra. Leda Quércia,  e orientação do professor dr. Waldiney Pires, da UFOPA. O assunto foi tema de sua dissertação de mestrado em Biociências, defendida na UFOPA. Segundo a pesquisadora, até então não existia nenhum trabalho científico sobre a atividade anti-inflamatória da priprioca.

A pesquisa foi realizada na modalidade in vitro, no Laboratório de Imunologia da UFMG). A primeira etapa foi de extração para obter o óleo essencial por meio do método de hidrodestilação, processo de destilação a vapor, que rendeu um percentual de 0,7%. Segundo Jordana Corrêa, os óleos essenciais são misturas complexas, encontradas em plantas aromáticas. "A partir dos ensaios realizados em laboratório, concluiu-se que o tratamento de macrófagos, células de grandes dimensões do tecido conjuntivo, é capaz de reduzir de maneira significativa os parâmetros inflamatórios in vitro como a produção de citocinas pró-inflamatórias", explicou em entrevista à assessoria de imprensa da UFOPA.   

O uso da priprioca é facilmente encontrado em produtos desenvolvidos por empresas de perfumaria. A parte mais procurada da priprioca são os tubernáculos, estruturas subterrâneas com aroma agradável. É desta estrutura que se extrai o óleo essencial desse vegetal. Além do uso para ciência, perfumaria e gastronomia, esse fruto está contribuindo para o desenvolvimento econômico de diversas famílias do estado do Pará, como produtores da Ilha de Cotijuba, distrito de Belém, Santo Antônio do Tauá e Acará. A pesquisa completa pode ser acessada pelo site da UFOPA (http://www.ufopa.edu.br/media/file/site/ufopa/documentos/2019/d27b06245ca98759039d0b83f716c269.pdf). 

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