Estudo alerta para o aumento de infectados por coronavírus na região do Marajó

Coordenado pela pesquisadora Ima Célia Guimarães Vieira, do Museu Paraense Emílio Goeldi, o estudo mostra que o número de pessoas contaminadas nos municípios aumentou muito no mês de maio

Redação Integrada
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Um grupo de pesquisadores divulgou no último dia 04 de junho, uma nota técnica com o “Panorama da covid-19 nos municípios do Marajó, Pará”. Coordenado pela pesquisadora Ima Célia Guimarães Vieira, do Museu Paraense Emílio Goeldi, o estudo alerta para o elevado aumento do número de infectados nessa região no mês de maio.

“De fato, o atual cenário no Marajó mostra que o número de pessoas infectadas nos municípios aumentou muito no mês de maio de 2020. Por exemplo, na semana de 21 a 26 de abril, houve um aumento de 260% no número de casos confirmados e de 400% no número de óbitos, que culminaram em 147 infectados e 19 óbitos no dia 1º de maio. No período de 18 a 31 de maio, o número de casos passou de 945 para 2.233 e o número de óbitos de 106 para 162, um aumento de 136% e 53%, respectivamente. Os casos acumulados até 31 de maio de 2020 já somam cerca de 2.300 e as mortes equivalem a 7% dos casos confirmados”, aponta o documento.

Entre os municípios mais atingidos, Breves é o que possui o maior número absoluto de casos confirmados de covid-19 e de óbitos. Com população estimada de 102 mil habitantes em 2019, o município possui a taxa de 509 casos e de 60 mortes por 100 mil habitantes. Proporcionalmente, o pequeno município de Santa Cruz do Arari também se destacou, por registrar o equivalente a uma taxa de 563 infectados e 69 mortes por 100 mil habitantes.

A pesquisa também é assinada por Fabiana Pereira, doutoranda do Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais; Diogo Ferraz, professor da Universidade Federal Rural da Amazônia; Carlos Ramos, consultor de projetos socioambientais.

"O afrouxamento do isolamento social no estado como um todo nos deixa preocupados. Os casos de contaminação estão aumentando e a base hospitalar e de saúde, em geral, é muito fraca para atender à população. O Hospital de Campanha de Soure ainda nem começou a ser construído. Então, a previsão é de aumento no número de casos. Sem atendimento adequado, o número de óbitos pode aumentar muito", afirma Ima Vieira.

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