Dois dos sobreviventes da queda do monomotor em Belém seguem com saúde estável
Terceira pessoa a sair do acidente com vida já teve alta. Somente o piloto morreu na queda
Dois dos três sobreviventes da queda do avião ocorrida sábado (18) em Belém seguem com estado de saúde estável. A informação foi divulgada ao final da manhã desta terça-feira (21) pelo Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), de Ananindeua. A outra vítima sobrevivente do acidente aéreo já recebeu alta médica. Na queda do avião, somente o piloto, Paulo Roberto Melo Marinho, de 51 anos, morreu. O monomotor caiu em cima de uma casa no Conjunto Amapá, no bairro do Souza.
LEIA MAIS:
- Avião monomotor cai em residência no bairro do Souza, em Belém
- Aeronave que caiu na Almirante Barroso estaria em testes para ser vendida
- Piloto de aeronave que caiu neste sábado teria comunicado falha no motor, diz Aeronáutica
- Emocionado, homem que estava na casa onde caiu monomotor agradece por estar vivo; veja
- Em 2013 e 2016, quedas de monomotores mataram seis pessoas em Belém
- Aeronave que caiu na Almirante Barroso estava com a manutenção em dia
Segundo a Assessoria de Comunicação do Metropolinano, Delvano Silva Rodrigues, mecânico de hélices, deu entrada no hospital às 14h04 no dia da queda do avião, sábado (18) e o estado de saúde é considerado estável. Antônio Carlos Frazão, comprador da aeronave, chegou no HMUE às 14h50 do mesmo dia e o estado de saúde é considerado também estável. O mecânico de hélices José Ramos de Andrade, recebido pelo Metropolitano às 14h26 do dia do acidente, recebeu alta às 8h15 do último domingo (19).
ENTERRO
O enterro do piloto Paulo Roberto Melo Marinho ocorreu esta segunda-feira (20), por volta das 16h, em Marabá, no sudeste paraense. De acordo com amigos do piloto, o monomotor Cessna 210, de prefixo PR-DVR, estava em voo de demonstração para ser vendido quando atingiu uma vila de casas em Belém. O monomotor havia decolado do Aeroporto Brigadeiro Protásio de Oliveira, por volta das 12h45, e fez um rápido sobrevoo no bairro do Marco antes de cair.
Segundo documento disponível no site da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o monomotor foi fabricado em 1979 e tinha certificado de aeronavegabilidade (condição de voar) até 14 de julho de 2022. Ainda segundo o documento, a Inspeção Anual de Manutenção (IAM) também estava em dia.
INVESTIGAÇÃO
Investigadores do Primeiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa I), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), realizaram ainda no dia do acidente a ação inicial de apuração do caso envolvendo a aeronave de matrícula PR-DVR.
"A ação inicial tem por objetivo coletar dados: fotografar cenas, retirar partes da aeronave para análise, reunir documentos e ouvir relatos de pessoas que possam ter observado a sequência de eventos", informou o Cenipa em nota. "A investigação realizada pelo Cenipa tem o objetivo de prevenir que novos acidentes com as mesmas características ocorram".
Segundo o Ceripa, a necessidade de descobrir todos os fatores contribuintes garante a liberdade de tempo para a investigação. "A conclusão de qualquer investigação conduzida pelo Cenipa terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade do acidente", concluiu a nota.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA