Corda do Círio 2019 chegará a Belém nesta quinta

A corda do Círio de Nossa Senhora de Nazaré, um dos principais símbolos da festividade, chega a Belém nesta quinta-feira (19), por volta das 10h30. A recepção será feita pela Diretoria da Festa, no prédio Estação dos Carros, ao lado do espaço onde fica a berlinda, no estacionamento do Centro Social de Nazaré, onde será realizada uma apresentação oficial à imprensa. Ela permanecerá guardada no local até o momento da inspeção. 

Ao todo, foram dez dias de viagem, em que a corda foi conduzida do interior de São Nicolau, no estado de Santa Catarina, onde foi produzida pelo décimo ano pela empresa Itacorda. O transporte ficou pelo terceiro ano sob a responsabilidade da empresa Expresso Vida.

Ao todo, são 800 metros de comprimento com 50 milímetros de diâmetro, sendo 400 metros para a Trasladação e 400 para a grande procissão de domingo (13/10). Cada parte já vem adaptada às estações de metal que auxiliam no traslado das berlindas durante as romarias.  

De acordo com diretor de procissões, Antônio Souza, a corda dos romeiros será inspecionada no dia 29 de setembro. "No dia 29 de setembro, é feita uma inspeção da corda. A Diretoria faz isso para ver está tudo sob controle. Para separar o que vai para a Trasladação e o que vai para o Círio. Todo um procedimento para que ela fique guardada até as procissões", informou Antônio.

Mais uma vez, os custos para a aquisição da corda do Círio 2019 foram pagos por meio de uma doação. "Foi por meio de doação, mas ela custa em torno de R$ 17 a R$ 20 mil reais", contou o diretor de procissões.  

Ele também lembra da importância de não cortar a corda. "O velho apelo de sempre, para que não haja o incidente. E há um grande equivoco. Tem gente que pensa que a corda é guardada depois do Círio. Mas ela é desatrelada da berlinda e entregue aos promesseiros. Não há necessidade de cortar antecipadamente", reforçou Antônio Souza.   

Histórico

A corda passou a fazer parte do Círio em 1885, quando uma enchente da Baía do Guajará alagou a orla desde próximo ao Ver-o-Peso até as Mercês, no momento da procissão, fazendo com que a berlinda ficasse atolada e os cavalos não conseguissem puxá-la. 

Os animais então foram desatrelados e um comerciante local emprestou uma corda para que os fiéis puxassem a berlinda. Desde então, foi incorporada às festividades e passou a ser o elo entre Nossa Senhora de Nazaré e os fiéis.