Compras de última hora para a virada animam comércio esta terça
Procura por vestuário e artigos para festejos e cerimônias é grande mesmo debaixo de chuva
Nesta virada de ano, mais da metade dos brasileiros (54%) deve usar pelo menos uma peça de roupa nova, acreditando no poder da renovação para o ano de 2020, de acordo com levantamento feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Em Belém, muitas pessoas deixaram para comprar a roupa da virada no último momento, e o comércio ficou lotado na manhã desta terça-feira (31).
A chuva que caiu no início do dia não atrapalhou os clientes e comerciantes no centro da cidade. Pelas ruas do comércio, desde cedo era possível observar muita gente andando com pressa, em busca das melhores promoções para comprar a roupa do Réveillon. Em média, um vestido custa de 30 a 60 reais pelas boutiques do comércio, enquanto uma camisa tematizada de ano novo varia entre 20 e 40 reais.
A cor da roupa também carrega um grande simbolismo, e já é tradição usar branco na hora da virada de ano, cor que simboliza a paz. Inclusive, é a cor mais escolhida pela maioria dos brasileiros (37%), segundo a mesma pesquisa. Para o motorista de aplicativo Júnior Moraes, que passou pelo comércio nesta manhã para renovar o guarda-roupa, o branco não pode faltar. "É uma tradição que a gente segue desde criança, na minha família todo mundo usa branco na hora da virada, então não tem como fugir disso", conta.
Já a professora Lúcia da Silveira escolheu passar o Réveillon com uma cor mais alternativa. Nos últimos três anos, ela vestiu branco na hora da virada, mas desta vez ela resolveu optar pelo amarelo. "Dizem que significa fortuna e prosperidade. Resolvi arriscar, pra ver se esse novo ano traz um dinheirinho a mais pra gente, né?", diz Lúcia, aos risos.
Entre os comerciantes, o clima é de euforia, já que as vendas crescem muito nos dias que antecedem a virada. "Todo ano é assim. Antes do natal todo mundo procura os presentes, depois cai um pouco o movimento, e na véspera do ano novo sobe de novo com tudo a procura. A maioria das pessoas deixa pra comprar a roupa da virada no último dia do ano", afirma o vendedor de roupas Jefferson Silva, que trabalha há mais de 10 anos no comércio de Belém.